Revegetação de áreas antropizadas da Caatinga com espécies nativas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: FIGUEIREDO, Juliana Matos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13504
Resumo: O homem explora os recursos naturais para satisfazer as suas necessidades, e freqüentemente provoca degradação ambiental, a qual é mais intensa nos países tropicais. Sistemas inadequados de uso da terra têm causado severos impactos ambientais na região Nordeste do Brasil, notadamente na Paraíba, mais de 50% do seu território apresentam altos níveis de degradação e necessitam de atenção para melhorar a cobertura vegetal. O restabelecimento de essências arbóreas é fundamental para recuperação de áreas nesse ecossistema, o que pode ser acelerado pelo plantio de Caesalpinia pyramidalis, Mimosa tenuiflora e Cnidoscolus phyllacanthus, espécies pioneiras de sítios antropizados da Caatinga. Estas árvores produzem lenha e/ou forragem, protegem o solo e propiciam condições para o desenvolvimento do estrato herbáceo. Este estudo avaliou a sobrevivência e o crescimento inicial destas essências em duas áreas antropizadas de Caatinga, e os seus efeitos na recomposição do estrato herbáceo. Os dados foram coletados entre set/2008 e out/2009, em Patos-PB, em áreas antropizadas pela exploração madeireira e superpastejo. As áreas foram isoladas e receberam esterco e fertilizante nas covas antes do plantio das mudas, de acordo com o delineamento em blocos completos casualizados, com cinco tratamentos (testemunha, e introdução das espécies arbóreas em plantio puro ou consorciado) e cinco repetições em parcelas quadradas de 144m2 e 36 covas. Ao final da primeira estação de crescimento, a sobrevivência das mudas superou 90%, as quais atingiram a média de 219cm de comprimento e 26mm de diâmetro basal, e o estrato herbáceo e arbóreo recobriram 100 e 50% do solo, respectivamente, com destaque para M. tenuiflora. As lenhosas não interferiram no estrato herbáceo, no qual predominaram duas espécies de Sida que ao longo do período cederam gradualmente espaço para espécies forrageiras, possibilitando o aumento da produção de forragem e da diversidade. A produção de biomassa seca herbácea atingiu 3ton/ha (razão de peso 1:2, monocotiledônea:dicotiledônea), e apresentou qualidade forrageira dentro dos padrões relatados na literatura para a FDN, FDA, proteína bruta e matéria mineral, exceto os valores de FDN das monocotiledôneas, que se mostraram mais fibrosas do que o esperado (>74,5%).A rápida revegetação herbácea e arbórea de áreas antropizadas de Caatinga pode ser conseguida pela proteção contra ruminantes associada ao plantio de mudas de espécies nativas, especialmente M. tenuiflora, plantadas em covas de dimensões e níveis de adubação adequados.