Desenvolvimento e caracterização de scaffolds de quitosana/Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: ROSENDO, Rosana Araújo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1054
Resumo: Os sistemas de liberação controlada de fármaco apresentam inúmeras vantagens quando comparados a outros de dosagem convencional e, dentre os polissacarídeos mais empregados no desenvolvimento desses sistemas destaca-se a quitosana que, por ser biocompatível e biodegradável, tem despertado o interesse na comunidade científica para sua utilização no desenvolvimento de estruturas onde possam ser incorporados fármacos. A espécie vegetal Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis é conhecida popularmente como insulina e, diversos estudos farmacológicos têm indicado a sua ação hipoglicemiante, justificando-se assim sua aplicabilidade na terapia de pacientes com diabetes. Sendo assim, este trabalho objetivou desenvolver e caracterizar scaffolds de quitosana com diferentes concentrações de Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis, a fim de avaliar sua possível utilização em pacientes portadores de diabetes melito tipo 2. O método consistiu na solubilização da quitosana em ácido acético, adição da droga vegetal, e obtenção dos scaffods através da técnica de freeze drying. As amostras foram caracterizadas através das técnicas de Espectroscopia na Região de Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Difração de Raios X (DRX), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS), Microscopia Ótica (MO), Teste de Molhabilidade, Teste de Compressão, Análise Termogravimétrica (TG) e de Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Grau de Intumescimento com PBS e saliva artificial e Ensaio de Biodegradação Enzimática. O estudo químico realizado através do FTIR identificou todas as bandas características dos materiais estudados e o estudo morfológico revelou, nos scaffolds, a formação de uma estrutura tridimensional com poros interconectados. A técnica de EDS indicou a presença dos elementos químicos Carbono, Oxigênio e Nitrogênio, além de Magnésio, Silício e Cálcio presentes na droga vegetal. O grau de intumescimento demonstrou que as médias das massas foram correspondentemente mais elevadas na forma intumescida do que na condição seca, sendo esse intumescimento maior quando as amostras foram imersas na saliva artificial, quando comparado com a solução de Phosphate Buffered Saline (PBS). O teste de molhabilidade demonstrou que os scaffolds tiveram sua hidrofilicidade aumentada com a incorporação da droga vegetal e, o teste de compressão, confirmou uma maior resistência à deformação dos mesmos. As análises de TG/DTG demonstraram que a droga vegetal diminuiu a estabilidade térmica dos scaffolds. A partir do ensaio de biodegradação, constatou-se que os scaffolds sofreram uma maior degradação em contato com a solução de PBS do que em PBS/Lisozima; e que, nos períodos de avaliação, a saliva artificial não promoveu biodegradação às estruturas. A incorporação da droga vegetal aos scaffolds foi confirmada por meio dos resultados obtidos nos ensaios de FTIR, DRX, MEV, MO, Grau de intumescimento, testes de molhabilidade e de compressão, TG/DTG e DSC. Desta forma, pode-se concluir que houve a formação de scaffolds com propriedades morfológicas e físico-químicas favoráveis para a obtenção de um sistema para liberação controlada de fármacos.