Caracterização especial e identificação dos pontos de abrigos de quirópteros e sua relação com os casos de raiva no semiárido paraibano, Brasil.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/755 |
Resumo: | Esta dissertação é composta por dois capítulos. No Capítulo I, foi realizada uma revisão de literatura, que enfocou a raiva como uma zoonose que permeia vários ciclos epidemiológicos. Os morcegos são animais que possuem uma variedade de hábitos alimentares e integrados a eles importantes funções ecológicas. Entretanto os mais conhecidos estão associados a interações negativas, pois se alimentam de sangue (hematófagos) de aves e mamíferos. A espécie Desmodus rotundus, se alimenta estritamente de sangue de mamíferos e hoje é a principal responsável pela veiculação do vírus na região rural, principalmente para bovinos. As modificações nos ambientes naturais, inclusive no bioma Caatinga, que ocupa quase todo território paraibano, desencadeiam desequilíbrios na natureza ativando zoonoses ―adormecidas‖ como a raiva. Para impedir o ressurgimento de doenças que envolvem vários ciclos devem se trabalhar mecanismos de previsibilidade de zonas de risco. Ferramentas de Geoprocessamento, como SIG (Sistema de Informação Geográfica) pode estimar áreas vulneráveis ao vírus, através da espacialização de dados georreferenciados sobre focos e locais de convívio com o principal transmissor. No Capítulo II, foi desenvolvido um trabalho com o objetivo de caracterizar espacialmente abrigos de morcegos e ocorrências da raiva na região semiárida da Paraíba. Foram utilizados dados fornecidos pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca da Paraíba (SEDAP) do período de 2007 a 2015, informações coletadas da plataforma digital do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e um mosaico de imagens do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). As representações geográficas foram produzidas através do software QGIS 2.16.0 – Nodebo, com malhas cartográficas do IBGE e da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba. No período de 2007 a 2015 foram cadastrados 93 abrigos e registradas 51 ocorrências de raiva distribuídas em todas as mesorregiões do Estado. Através dos abrigos georreferenciados foram plotados buffers de 10 km para verificar os locais de maior risco de circulação do vírus da raiva. Considerando o raio de 10 km mais de 80 municípios estão dentro da zona de risco da circulação do vírus rábico, além de outras cidades de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, que ficam na divisa da Paraíba. As notificações isoladas, distantes de abrigos cadastrados, demonstram a necessidade de expandir os trabalhos de identificação de abrigos de morcegos, principalmente com a presença de D. rotundus. As subnotificações das ocorrências da raiva no Estado evidenciam que as autoridades 9 competentes devem elucidar melhor os proprietários de informar sobre o surgimento de doenças nervosas em seus rebanhos, como também aumentar o número de informações sobre a presença do D. rotundus na região. |