Vigilância e controle da raiva em herbívoros sob aspectos da biologia do Desmodus rotundus (E. GEOFFROY, 1810) e da circulação do vírus da raiva em populações susceptíveis relacionadas às ações do serviço veterinário oficial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Felipe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-20022019-151424/
Resumo: A importância do morcego hematófago Desmodus rotundus para a manutenção do vírus da raiva no meio rural não reside unicamente em sua capacidade de transmitir esta enfermidade para animais de produção, mas também na sua capacidade de adaptação às mudanças ambientais e climáticas, concedendo-lhe uma ampla distribuição geográfica. Métodos de controle e vigilância para esta enfermidade foram criados baseando-se no conhecimento empírico acumulado sobre a transmissão do vírus pelos morcegos hematófagos. Esta abordagem, no entanto, tem se mostrado insuficiente para controlar adequadamente a doença em animais de produção, tendo sido observado um aumento no número de casos notificados nos últimos anos. No presente trabalho, foram descritos os padrões de uso do espaço por estes morcegos por meio de monitoramento por rádio-telemetria. Com base nos resultados obtidos, somados aos conhecimentos científicos disponíveis, construiu-se um modelo de transmissão incorporando determinantes geográficos e comportamentais do morcego hematófago com o intuito de direcionar e otimizar as ações de vigilância epidemiológica e controle da transmissão da raiva. Uma rede do tipo bimodal foi construída, composta pela integração entre uma rede de contato entre abrigos de morcegos hematófagos e outra, de contato entre estes abrigos e propriedades rurais criadoras de herbívoros de interesse econômico. O modelo resultante demonstra maior significância da rede entre abrigos para a manutenção e transmissão do vírus, além da correlação entre topografia e espoliação. O modelo foi capaz de identificar comunidades de propriedades rurais sob risco para a ocorrência de raiva e em que comunidades de abrigos o vírus se mantem circulando. O entendimento das interações entre morcegos e suas fontes de alimentação, influenciadas pelo ambiente, permite estabelecer medidas de vigilância e controle mais precisas e, em última instância, com uma menor relação de custo-benefício destas ações.