O novo rural paraibano: um estudo de caso sobre as ocupações rurais não agrícolas (ORNAs) em Aparecida-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: DOURADO, Auceia Matos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1682
Resumo: A urbanização verificada nas duas últimas décadas tem mudado a face do rural brasileiro e levado ao campo serviços e infra-estrutura que antes pertenciam ao saber fazer e ao espaço citadino. Levando-se em consideração as diferenças históricas e estruturais e a heterogeneidade econômica de cada região, o que se pode observar é que o espaço rural brasileiro já não pode ser definido apenas a partir da velha noção do rural como "locus" de atividades produtivas agrícolas tradicionais. Ultrapassou-se o limite da porteira e, em maior ou menor grau, em diversas partes do rural brasileiro, a produção de serviços (lazer, turismo, preservação do meio ambiente) e de bens não agrícolas, já faz parte do cotidiano dos moradores da zona rural, assim como o emprego rural tem apresentado especificidades nunca vistas em outros períodos. Neste sentido, o problema central do trabalho é entender como regiões marcadas pelas adversidades climáticas e por um desenvolvimento atrasado, a exemplo do Nordeste e, mais especificamente, o município de Aparecida no Sertão paraibano, consegue desenvolver dinâmicas capazes de gerar ocupações rurais não agrícolas, contribuindo assim para incrementar a renda das pessoas com domicílio rural. Para nortear os questionamentos levantados ao longo das análises, este trabalho tem, como objetivo principal destacar a participação efetiva das atividades e das rendas não agrícolas na composição das rendas das famílias com domicílio rural no município de Aparecida, destacando também aspectos da ruralidade do município. O caminho metodológico adotado e que viabilizou uma compreensão melhor sobre a realidade estudada, foi a pesquisa bibliográfica e a história oral, seguido da pesquisa de campo, em que através das análises quantitativas, pode-se destacar que as ocupações rurais não agrícolas e as transferências públicas no município de Aparecida, são hoje, as principais responsáveis pela manutenção das famílias com domicílio rural. Essas atividades ligadas, sobretudo, ao artesanato têxtil da região, são responsáveis pela geração dos principais postos de trabalho na região não sendo, contudo inteiramente valorizadas, uma vez que os artesãos trabalham por conta própria e não recebem nenhum incentivo do governo estadual ou municipal, estando os mesmos sujeitos ao monopólio de preços estabelecidos pelo pólo de São Bento, principal consumidor das varandas de rede, fabricadas em Aparecida.