A evolução das rendas e atividades não agrícolas na Paraíba dos anos 90.
Ano de defesa: | 2002 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1690 |
Resumo: | O problema central deste trabalho é entender a evolução das ocupações e das rendas das famílias rurais paraibanas nos anos 90. O objetivo é identificar a importância das atividades e das rendas não-agrícolas, além das transferências públicas/privadas para a melhoria e/ou manutenção das famílias nas áreas rurais. Para isto, analisamos a evolução das famílias rurais agrícolas, das famílias rurais não-agrícolas e das famílias rurais pluriativas nos anos 90, divididas entre empregadores, conta-própria, assalariados e não-ocupados. Estudamos também o comportamento dos rendimentos obtidos (pós plano Real) e a proporção de cada um no total. Comparamos ainda os rendimentos das famílias rurais agrícolas, pluriativas e não-agrícolas, de acordo com o estrato de área dos estabelecimentos. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica baseada em trabalhos produzidos dentro do projeto RURBANO e a análise das informações dos microdados das PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do EBGE, relativas ao rural paraibano nos anos 90. A exemplo do que ficou demonstrado na situação nacional e regional, na Paraíba também se constata um crescimento das chamadas ORNA (ocupações rurais não-agricolas), do aumento no número das famílias pluriativas e não-agrícolas residentes em áreas rurais, além de uma grande disparidade entre as rendas obtidas pelas famílias exclusivamente agrícolas daquelas não-agrícolas e pluriativas, principalmente nos anos secos. As famílias pluriativas dependem menos das transferências públicas e privadas, comparando com as famílias agrícolas. Constatamos que no período pós plano Real, as rendas agrícolas apresentam um movimento de forte queda e as rendas não-agrícolas possuem um movimento inverso, sempre crescendo a cada ano. Finalmente, independente do estrato de área dos estabelecimentos e a situação da família (empregadora com até 2 empregados permanentes ou conta-própria), as rendas das famílias do tipo agrícolas são menores que as das famílias pluriativas. Apesar da pluriatividade num estado pobre como a Paraíba decorrer em sua maior parte de estratégias familiares que procuram alternativas de renda para poderem sobreviver e manter o estabelecimento rural, isto não significa que o estado não possua condições de repensar o desenvolvimento das áreas rurais, reorganizando a base de sustentação de milhares de pequenos agricultores queóioje sobrevivem da agricultura de subsistência, com base em atividades agrícolas que possuam nichos de mercado e também em atividades não-agrícolas, como ecoturismo, chácaras de lazer e serviços públicos essenciais que existem nas áreas urbanas. |