Organizações não governamentais e campesinato: novas alianças políticas no campo tecnológico: o caso do CAA/norte de Minas e os camponeses de Corgão/Boa Esperança.
Ano de defesa: | 1993 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6800 |
Resumo: | Pela presente estudo. abordo a relação entre o CAA/Norte de Minas e os posseiros de Corgão/Boa Esperança, município de Varzelândia. Minas Gerais. 0 objetivo e analisar a relação como sendo uma aliança política entre estratégias de oposição (CAA) e de resistência (camponeses), como novas"práticas heréticas" no campo tecnológico. 0 referencial teórico fundamenta-se no conceito de tecnologia como produção social e na categoria "campo tecnológico ". A tecnologia é vista pela sua dimensão política, como capacidades técnicas e poder social diferenciados: o campo tecnológico, como um espaço de luta e de poder. Nessa o perfilamento -- numa aproximação conceitual - da tecnologia "moderna". da tecnologia " alternativa " e da tecnologia "camponesa" no processo de modernização da agricultura brasileira. 0 marco temporal são as décadas de 70 e 80, tanto pela importância que assume o papel do Estado como dirigente de um processo de modernização excludente para os camponeses, quanto pela emergente contraposição da sociedade civil. Aí, pelos movimentos sociais, articulam-se novos projetos, como respostas políticas dos sujeitos sociais excluídos. A Sociedade Civil é o "locus" das novas alianças entre camponeses e ONG's. Aqueles, como uma categoria social que luta pela sua reprodução. Estas, emergindo do movimento de crítica a revolução verde e ao pacote modernizador, passando da crítica as propostas através de projetos de agricultura alternativa. Pelo estudo de caso. busco discutir o caráter da presença desses novos mediadores junto aos camponeses. A natureza dessa relação é analisada. sobretudo, através dos significados presentes nos discursos. Quanto ao CAA, pela sua trajetória e proposta de intervenção na região; no que toca aos camponeses, pelos significados do seu fazer, em suas dimensões econômica, política e cultural. Conclusivamente, o estudo evidência que pelo lado da entidade o móvel da aliança tem a ver com uma tomada de posição em relação as questões da reprodução camponesa, através da busca de um modelo alternativo que a viabilize. Quanto aos camponeses, estes, orientam-se por estratégias de resistência a expropriação total. As suas práticas cotidianas, portanto materializam uma prática política, por sua vez, orientadora das alianças . |