Ação anti-helmíntica de jurubeba e batata de purga adicionadas à dieta de ovelhas prenhas e não prenhas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: LÔBO, Katiuscia Menezes da Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3635
Resumo: O uso de espécies botânicas que apresentam metabólitos secundários eficazes para o controle das parasitoses vem sendo estudado para substituir os produtos químicos e diminuir a resistência. Há uma crescente procura pela Medicina alternativa, Fitoterapia, por ser de baixo custo, baixa toxicidade e por não apresentar resíduos nos produtos de origem animal, existem muitos estudos sobre tratamento de animais com plantas, especialmente as anti-helmínticas. Este trabalho objetivou avaliar o efeito dos diferentes níveis de concentrado e da atividade anti-helmíntica do farelo da raiz da planta Solanum paniculatum L. (Jurubeba) e da Operculina hamiltonii (G. Don) D. F. Austin & Staples (Batata de purga) sobre o parasitismo em ovelhas Santa Inês, confinadas, naturalmente infectadas, no periparto. Foram utilizadas 24 ovelhas, sendo 12 prenhas e 12 não prenhas, distribuídas nos seguintes tratamentos: controle (Albendazole 5%), tratada com Jurubeba e tratada com Jurubeba associada a Batata de Purga. As dietas experimentais foram distribuídas com níveis de 1% e 1,5% de concentrado. A redução no número de ovos por grama de fezes foi avaliada pela técnica de Gordon e Whitlock e pela técnica de Roberts e O’Sulivan para cultura de larvas. Foram realizados exames sorológicos para determinar os parâmetros sanguíneos em relação ao parasitismo. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizados, em um arranjo fatorial 3x2x2 (tratamentos anti-helmínticos, fase reprodutiva, níveis de concentrados). Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey a 5% de significância. Nas condições experimentais, o tratamento com a Jurubeba in natura sinaliza como um procedimento de controle alternativo das helmintoses gastrintestinais, principalmente de ovelhas não prenhas, apresentando um quadro clinicamente sadio mesmo com elevado grau de parasitismo em ovelhas que receberam 1,5% de concentrado, podendo substituir o Albendazole; no entanto, a associação do farelo da raiz de Jurubeba com Batata de purga não é eficaz para o controle das helmintoses gastrintestinais de ovelhas Santa Inês prenhas e não prenhas naturalmente infectadas e criadas em regime intensivo no semi-árido paraibano. Através dos resultados das análises fitoquímicas realizadas neste trabalho, observa-se que as espécies estudadas apresentam compostos pertencentes às classes dos alcalóides e taninos, que podem ser potencialmente ativos em modelos biológicos e farmacológicos. O tratamento com o farelo da raiz da Jurubeba possui alto teor de taninos condensados e sinaliza como procedimento de controle alternativo das helmintoses gastrintestinais para ovelhas não prenhas. Animais que recebem uma alimentação diferenciada com um maior nível de nutrientes se tornam resilientes ao parasitismo. O oferecimento de Jurubeba e Jurubeba associada a Batata de purga mantiveram o status nutricional a despeito da carga parasitária. Os espécimes vegetais avaliadas não foram considerados tóxicos para as ovelhas no periparto.