Fertirrigação com água residuária na cultura do algodão de fibra marrom.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: ALVES, Wagner Walker de Albuquerque.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2889
Resumo: O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da fertirrigação com água residuária doméstica tratada sobre o crescimento, desenvolvimento e produção do algodoeiro de fibra marrom, e sobre as propriedades químicas do solo, com lâminas crescentes de água, na presença e ausência de adubação nitrogenada e fosfatada. A pesquisa foi conduzida em campo nas dependências da Estação de Tratamento de Esgotos da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, localizada no bairro da Catingueira, distante 10 km do Centro de Campina Grande, PB. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, num arranjo fatorial misto [(4 x 2 x 2) + 2] x 3, cujos fatores foram quatro lâminas de irrigação (781, 643, 505 e 367 mm), ausência e presença de nitrogênio e fósforo (0 e 90 kg ha-1 de N; 0 e 60 kg ha-1 de P2O5), e dois tratamentos adicionais referente a adubação de 90 e 180 kg ha-1 de nitrogênio, ambos irrigados com água de abastecimento público com a lâmina de 643 mm; vezes três repetições. O crescimento e desenvolvimento do algodoeiro foram superiores quando se usou efluente doméstico tratado, com melhores resultados para a lâmina de 781 mm. Não houve necessidade de adubação complementar de nitrogênio e fósforo no solo contendo 0,38 g kg-1 de nitrogênio e 13,4 mg dm-3 de fósforo e com o efluente doméstico contendo 60,5 mg L-1 de nitrogênio total e 4,6 mg L-1 de fósforo total. O peso do algodão em caroço, da pluma e da semente também foram superiores para a maior lâmina (781 mm) com efluente doméstico tratado na ausência de adubo químico. Não houve detrimento das características têxteis da fibra, quando se usou efluente de esgoto doméstico tratado na irrigação do algodoeiro de fibra marrom. As adubações com nitrogênio e fósforo nas quantidades de 90 e 60 kg ha-1 respectivamente, foram supridas com o uso da água residuária na irrigação do algodoeiro. Foram encontrados teores de chumbo e cádmio na folha do algodoeiro aos 85 dias após a emergência das plântulas. Os teores de P, K+, Ca2+, N, H, matéria orgânica, e a capacidade de troca catiônica do solo aumentaram após o cultivo, já o pH, Mg2+, Na+, C, percentagem de sódio trocável, soma de bases trocáveis, e a percentagem de saturação por bases (V%) diminuíram. Os valores da condutividade elétrica, pH, teores de Ca2+, Mg2+, Na+, Cl-, e a relação de adsorção de sódio do extrato de saturação do solo diminuíram após a irrigação com efluente tratado, após 646 mm de precipitação pluvial. Obtiveram-se ótimos rendimentos econômicos com o cultivo do algodoeiro de fibra marrom irrigado com efluente de esgoto doméstico tratado, que foram maiores quando não se usou adubo nitrogenado e fosfatado.