Fertirrigação com efluente doméstico tratado no cultivo de gérbera com e sem suplementação mineral.
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4130 |
Resumo: | Ainda são insuficientes as informações disponíveis acerca do efeito da aplicação de águas residuárias tratadas para irrigação, com vistas à produção ou qualidade de flores de corte, ou ainda em sistemas de produção agrícola que tenha avaliado comparativamente a sustentabilidade destes, em diferentes meios de cultivos e tipos de solos. Esta pesquisa visou mensurar a viabilidade técnica da fertirrigação com efluentes domésticos tratados no cultivo de gérbera, em Teresina, PI, vista à limitação dos recursos hídricos e a poluição gerada pelo meio urbano e rural. Avaliaram-se os efeitos da fertirrigação com efluentes domésticos tratados, associados a fertilizantes químicos (N e K2O), sobre as variáveis de produção, crescimento e qualidade da gérbera (flor de corte), bem como nos atributos químicos do substrato utilizado no cultivo, entre os meses de julho e outubro de 2007, em Teresina, PI. O estudo foi conduzido em condições protegidas, com malha de sombreamento 50%, na Embrapa Meio-Norte, utilizando-se esgoto tratado da Estação de Tratamento de Esgotos da Companhia de Água e Esgotos do Piauí S.A. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e cinco repetições e constou da aplicação de diferentes volumes de água residuária tratada, combinados com a aplicação de fertilizantes químicos (N e K2O): T1 – 100% fertirrigação (N e K2O); T2 – 75 % do volume de água residuária tratada associada a 25% de fertirrigação; T3 – 50% de água residuária tratada associada a 50% de fertirrigação; T4 – 25% de água residuária tratada associada a 75% de fertirrigação e T5 – 100% do volume com água residuária tratada. Os melhores resultados quanto às exigências comerciais em número de flores ocorreu em T4. Porém, em termos de qualidade, o T2 apresentou flores com maior altura das hastes (padrão extra) IBRAFLOR, em julho e agosto. Nos meses de setembro e outubro, nenhum tratamento conseguiu alcançar esse padrão de qualidade, em virtude da alta temperatura e baixa umidade na região, que provocou perdas no crescimento, aparência e qualidade da gérbera. A qualidade da água e do efluente, aplicado na fertirrigação, não apresentou nenhuma restrição do uso, exceção à condutividade elétrica do efluente, que aumentou sensivelmente em setembro e outubro (0,82 e 0,90 dS m-1), respectivamente, apresentando restrição ligeira e moderada para o uso na irrigação. Após a discussão dos resultados, pôde-se concluir que os teores foliares de macro (N, P, Ca e Mg) e micronutrientes (Zn, Cu, Mn, Fe e B) não foram afetados pelos tratamentos à base de efluentes domésticos com e sem suplementação mineral no experimento. A análise do material de solo antes e após a aplicação dos tratamentos, revelou que em alguns elementos ocorreu um leve aumento na média, ao término do ensaio, sobretudo com a aplicação de 100 % do volume com efluente tratado: pH (5,24 para 5,76), Ca2+ (1,71 para 3,14 cmolc dm-3) e Mg2+ (1,03 para 1,44 cmolc dm-3), bem como, em S (3,11 para 4,92 cmolc dm-3). As maiores concentrações de N e C, possivelmente, ocasionou a rápida mineralização da matéria orgânica nos solos irrigados com apenas efluente tratado, reduzindo assim seu teor nesse tratamento. Estas alterações nos atributos químicos não provocaram efeitos prejudiciais na cultura da gérbera. A utilização do efluente doméstico tratado foi satisfatória, permitindo a substituição parcial do uso de fertilizantes químicos por fertilizantes naturais no efluente, constituindo-se assim como uma alternativa para os floricultores. |