Doença de chagas em cães naturalmente infectados em Região do Semiárido Nordestino.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: SANTANA, Vanessa Lira de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25438
Resumo: Objetivou-se, com este estudo, evidenciar os sinais clínicos e laboratoriais desta enfermidade para auxiliar na caracterização da doença de forma natural na área semi-árida da região nordeste. Foram avaliados 10 cães positivos para Trypanosoma cruzi, identificados mediante análises sorológicas de Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA); análise molecular pela Reação em Cadeia Polimerase (PCR), microscopia direta e hemocultura. Os animais chagásicos foram submetidos à avaliação física, verificação da pressão arterial, exames eletrocardiográficos, radiográficos, hematológicos (eritrograma e leucograma) e bioquímicos (ureia, creatinina, ALT, AST, PT, albumina, globulina, CK, CK-MB e cTnI). O exame físico e os valores das pressões arteriais dos animais apresentaram dentro dos parâmetros de normalidade, enquanto que na eletrocardiografia observou-se FC normal com ritmo sinusal, com exceção de um animal, que apresentou taquicardia sinusal (168 bat/min). No ECG de oito animais houve aumento da duração de P (47 + 6,5ms) sugestivo de aumento atrial, não confirmado radiograficamente. Foi observado supra desnivelamento do segmento ST em um animal. Nos resultados hematológicos constatouse trombocitopenia (187,4x103+137,2x103) e anemia (5,0x106 + 1,39x106/ uL). Os valores médios da hemoglobina (11+ 2,7g/dL) e do hematócrito (34 + 10,5%) estavam abaixo dos limites de normalidade. A série branca apresentou-se dentro dos limites de normalidade, com exceção da eosinofilia observada em três animais. Individualmente, registrou-se em dois animais, leucocitose, linfocitose e neutrofilia. Na avaliação bioquímica, registrou- se hiperproteinemia (PT = 7,2 + 0,9 g/dL), hipoalbuminemia (2,2 + 0,4g/dL), hiperglobulinemia (5,1 + 1,0g/dL) e aumento da CK (196 + 171U/L). Não houve alteração nas enzimas ALT e AST. A isoenzima CK-MB e o cTnI alteraram somente em três animais. Os animais infectados naturalmente no semiárido nordestino apresentam características relacionáveis à forma crônica indeterminada, ou seja, animais assintomáticos. A identificação dos cães infectados naturalmente sem características patognomônicas da Doença de Chagas ressalta a importância desta enfermidade no processo diagnóstico com as demais que manifestam perfis inespecíficos associados ou não às doenças cardiovasculares.