Desenvolvimento de compósitos utilizando lodo da indústria têxtil na produção de concreto não estrutural.
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/251 |
Resumo: | O interesse pela utilização de resíduos industriais, tais como lodo tem crescido como alternativa tanto na redução do volume desse passivo ambiental quanto na obtenção de um produto a ser utilizado na construção civil. Este trabalho tem como objetivo desenvolver e avaliar as propriedades físico-mecânicas de concretos formados a partir do uso de lodo da indústria têxtil, visando sua aplicação na construção civil. O lodo têxtil foi seco em estufa a 110ºC por vinte e quatro horas e triturado em moinho para adquirir granulometria adequada e em seguida submetido às seguintes análises: termogravimetria, análise térmica diferencial, espectroscopia vibracional de absorção no infravermelho, difração de raios-X, análise química, lixiviação, solubilização e microscopia óptica. Foram confeccionados corpos de prova de concreto utilizando os traços 1:3 e 1:4 com teores de substituição de 0 %, 3 %, 5 % e 7 % de lodo no agregado miúdo, com 7, 28 e 60 dias de cura e realizaram-se os seguintes ensaios: abatimento do tronco do cone, de resistência à compressão axial, resistência à compressão diametral, absorção, índice de vazios, massa especifica, microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura, lixiviação e solubilização. Os resultados das caracterizações do lodo têxtil apresentaram a compatibilidade química e estabilidade térmica suficiente para sua incorporação no concreto, entretanto verificou um alto teor de matéria orgânica. Já o ensaio de lixiviação classificou o lodo têxtil como resíduo perigoso, devido o extrato lixiviado ultrapassar o limite para os metais ferro e manganês. Já nos corpos de provas os ensaios de lixiviação e solubilização mostraram que os metais encontram-se encapsulados no concreto com teores de até 7 % de lodo têxtil. Nas microscopias realizadas nos corpos de provas de concretos, verificou-se a pouca interação do lodo com os constituintes do concreto. Já a absorção de água apresentou uma tendência de aumento, quando cresceu a quantidade de lodo têxtil, mas os valores ficaram abaixo de 10 %, podendo ser considerado de boa qualidade. No que se refere aos resultados de resistência à compressão ocorreu uma diminuição desta com o teor de lodo têxtil. No traço 1:3 com teores de até 7 % de lodo e no traço 1:4 com até 5 % de lodo o concreto foi considerado moderado, e para o traço 1:4 com 7 % de lodo foi classificado como concreto não estrutural. |