Potencial tânico da casca de espécies florestais a partir de resíduos de marcenaria.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: AMORIM, Felipe Silva.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3600
Resumo: O presente estudo objetivou quantificar e qualificar taninos a partir de resíduos gerados por uma marcenaria localizada na região sul piauiense. Foram utilizadas cascas das espécies Jatobá (Hymenea courbaril Duke) e Sucupira preta (Bowdichia virgiloides Kunh) coletadas no município de Corrente-PI, as quais foram moídas e classificadas em peneiras. Foi obtido o extrato tânico em pó, utilizando 40 g da amostra de casca de cada espécie em um extrator soxhlete adaptado, monitorando sua temperatura e tempo de extração. O extrato obtido foi colocado em um béquer e direcionado a uma estufa com temperatura de 50ºC até a evaporação da parte líquida. A amostra foi moída e classificada em peneiras de 60 mesh. O extrato tânico foi analisado quantitativamente e qualitativamente quanto ao rendimento em extrato tânico (R%), sólidos totais (ST%), umidade (U%), sólidos solúveis corrigido (SSc%), sólidos insolúveis corrigido (SIc%), teor de tânicos pelo método do formaldeído (TTf%), teor de não tânicos pelo método do formaldeído (TNTf%), teor de não tânicos pelo método do pó de pele (TNTp%); teor de tânicos pelo método do pó de pele (TTp%), teor de cinzas (%), densidade (g/cm³) e pH. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado (DIC), sendo que os tratamentos corresponderam às duas espécies, e cada uma delas submetidas a cinco extrações, e cada extração foi avaliada em duplicata. As variáveis foram comparadas, entre as espécies através do teste F. O pó de pele utilizado nas análises do extrato tânico foi confeccionado a partir da pele bovina adquirida no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) de Campina Grande-PB. A extração ocorreu a uma temperatura média de 68ºC, por um período de 6:47 horas, sem apresentarem diferença estatística entre si. Em relação aos parâmetros de quantificação, a espécie jatobá apresentou rendimento de 15,87% e a sucupira preta de 17,09%. Para os teores de ST, U, SSc e SIc, o extrato tânico da espécie jatobá apresentou respectivamente 93,16%, 6,84%, 87,33% e 5,82%, e a espécie sucupira preta 92,40%, 7,60%, 69% e 13,39%, havendo diferença significativa apenas no teor de SIc. Para os teores de tânicos e não tânicos pelo método do formaldeído (TTf, TNTf), a espécie jatobá apresentou, respectivamente,74,66% e 12,66%, e para o teor de tânicos e não tânicos pelo método do pó de pele (TTp, TNTp) apresentou 54,33% e 32,78%. Já a espécie sucupira preta para o TTf e TNTf apresentou, respectivamente 64% e 12,66%. E para o TTp e TNTp apresentou 43,06% e 34,80%. Houve diferença significativa entre as espécies no TTf e no TTp. Apesar de que a maioria dos dados serem inferiores ao das espécies comercializadas, indicando a necessidade de melhoria no processo de extração, as espécies jatobá e sucupira preta mostram-se com potencial para a produção de extrato tânico, com destaque à primeira espécie por apresentar melhores valores na maioria dos parâmetros avaliados.