Estimativa das trocas de calor e da temperatura retal de caprinos mestiços Boer mantidos em diferentes condições térmicas.

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: MARQUES, Jordânio Inácio.
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN; PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA; UFCG
• Palavras-chave em Português: Caprinos; Estresse Térmico; Repostas Fisiológicas; Termografia; Trocas Latentes; Trocas Sensíveis; Goats; Latent Exchanges; Physiological Responses; Thermography; Sensitive Exchanges; Thermal Stress; Engenharia Agrícola; Construções Rurais e Ambiência
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4593

A exposição de caprinos a elevadas temperaturas do ar pode induzir a um aumento da temperatura corporal, acarretando em danos fisiológicos aos animais. A presente pesquisa teve como objetivo estimar as trocas de calor totais e a temperatura retal, e quantificar os níveis de estresse térmico sofridos por caprinos mestiços ¾ da raça Boer + ¼ sem padrão racial definido (SPRD) submetidos a diferentes temperaturas do ar, em câmara climática. Seis animais foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado e submetidos às temperaturas do ar de 26, 30 e 34 °C, respectivamente, com umidade relativa de 68%. Foram coletados dados de temperatura retal (TR), frequência respiratória (FR) e termogramas dos animais em cada temperatura do ar avaliada. Nos termogramas, foram coletadas as temperaturas das regiões do globo ocular (PT), cabeça (HT), espádua (ST), quarto traseiro (HQ), temperatura de infravermelho máxima (TMax) e temperatura superficial média (TS) dos animais. Foram calculados valores do índice temperatura e umidade (ITU) e estimadas as perdas de calor sensíveis (convecção e radiação) e latentes (trato respiratório e cutâneo) dos animais para as três temperaturas do ar testadas. Com isso, foi avaliada a correlação e concordância dos dados de PT, HT, ST HQ e TMax com a TR e a correlação da intensidade de perda de calor dos animais por cada uma das vias avaliadas com a TR, TS e FR. Foram constatados valores de ITU classificados nas faixas de conforto térmico (74,8), estresse moderado (80,3) e muito estressante (85,6), respectivamente, nas três condições avaliadas, onde verificou-se o aumento da TR, TS e FR. Em condições térmicas muito estressantes, os animais eliminaram cerca de 92% do excedente de calor metabólico de forma latente. Dentre as temperaturas superficiais avaliadas a PT foi a que apresentou melhor correlação (r = 0,956) com a TR. Nenhuma temperatura superficial apresentou concordância com a TR.