Dermatite alérgica em ovinos e aversão alimentar condicionada no controle do consumo de Musa sp (Banana) por ovinos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: BATISTA, Jouberdan Aurino.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25462
Resumo: Descreve-se um surto de dermatite alérgica sazonal em ovinos e um estudo sobre aversão alimentar condicionada à ingestão de folhas e frutos de bananas (Musa sp) através do uso de cloreto de lítio. Ambos os estudos foram realizados no Município de Aparecida, Estado da Paraíba. O surto de dermatite alérgica foi diagnosticado entre os meses de maio a outubro de 2013 em uma propriedade onde eram criados de modo extensivo 25 ovinos de diversas idades, mestiços de Dorper e Santa Inês. A enfermidade acometeu 24% (6/25) dos animais. A doença se manifestava com um quadro de prurido intenso associado a áreas de perda progressiva de pelos nas regiões da cabeça, pescoço, dorso, garupa, base da cauda e ventre. As lesões variaram quanto à evolução e intensidade da resposta inflamatória e caracterizaram-se por dermatite eosinofílica. Os achados clínicos, patológicos e a identificação de mosquitos Culicoides insignis e da família Culicidae no local confirmaram a ocorrência da dermatite alérgica sazonal na região do estudo. O experimento de aversão foi desenvolvido entre os meses de julho a dezembro de 2014 em propriedade onde havia a produção consorciada de ovinos e bananas (Musa sp) frutas em uma mesma área. O rebanho da propriedade era composto por 32 ovinos que ingeriam avidamente folhas e frutos de banana. Os animais receberam 175 mg/kg de peso vivo de Licl logo após a ingestão, via sonda esofágica. O procedimento de aversão foi repetido por três dias consecutivos nos animais que continuavam consumindo a planta. Após o primeiro fornecimento todos os animais continuaram a ingerir folhas e frutos com avidez. No segundo dia 31,35 % (10/32) dos animais não ingeriam os frutos e folhas, passando este percentual para 84,38% (27/32) no terceiro dia. Os cinco animais restantes (15,62%) foram novamente submetidos ao processo de aversão e posteriormente não demonstraram mais interesse pelos frutos e folhas. No final de agosto, 32 dias após o início do experimento, 97,75% (31/32) não demonstravam interesse em consumir as folhas e frutos, o que ainda consumia frutos e folhas, foi avertido novamente. Aos 63, 93 e 123 dias o quadro permaneceu estável. Porém, 152 dias após o início do estudo, 78,12% dos ovinos (25/32) voltaram a ingerir os frutos e folhas de banana em ovinos após redução na disponibilidade de forragens. Conclui-se que a aversão alimentar condicionada com cloreto de lítio pode ser uma ferramenta para evitar o consumo de frutos e folhas de banana em ovinos, porém é necessário evitar a privação de alimentos, a facilitação social e iniciar os procedimentos de aversão precocemente.