Ensino da sociologia e a arte do diálogo como método.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: ALMEIDA, Ana Paula de Souza.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
MESTRADO PROFISSIONAL DE SOCIOLOGIA EM REDE NACIONAL - CAMPINA GRANDE
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23565
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo dialogar sobre o porquê estudar a Sociologia no Ensino Médio Integrado (EMI) em meio a um cenário de intensas mudanças de uma sociedade líquida que tem reflexos diretos na educação. E ainda contribuir na análise do debate sobre a finalidade e o sentido da disciplina de Sociologia no IFPB, Campus de Campina Grande. O aporte teórico que fundamenta esta pesquisa está alicerçado em conceitos que estão relacionados a determinados autores, como Mills (1965), Bauman (2015), Freire (2019), Leite (2014), Oliveira (2015), Pellizzer (2016) Gomes (2017), que oferecem uma importante linha de raciocínio para compreender a educação, a Sociologia e o currículo num contexto ampliado, oferecendo pistas conceituais significativas para responder as hipóteses dessa investigação. Trata-se de uma pesquisa do tipo participante, dialógica e colaborativa, no sentido da construção de conhecimento através de um processo em que professora e educando/as se debruçaram para refletir sobre as experiências que ambos vivenciaram durante três anos na sala de aula de Sociologia do IFPB – Campus de Campina Grande. A pesquisa foi planejada num contexto de normalidade, a investigação todavia efetivou-se de forma remota em virtude do período de pandemia do COVID-19 de forma alternativa através de Rodas de Diálogo, Cartas e Questionário do Google Forms. Essas ferramentas de aprendizagens foram adaptadas no sentido de garantir espaços colaborativos de construção de conhecimento, produzindo reflexões e sistematizações das experiências de ensinar e aprender Sociologia no “chão da sala de aula”. Os alunos envolveram-se no debate coletivo, construindo reflexões entre suas vidas e as aprendizagens sociológicas. Os espaços de trocas possibilitaram elevação da compreensão e explicação de fatos para além das relações cotidianas. Os espaços de debates e trocas possibilitaram elevação da compreensão e explicação de fatos para além das relações cotidianas, Dessa forma, as ferramentas de diálogo estimularam a busca de novo embasamento através de atividades de leitura e debates e, portanto, aguçaram os jovens a saber mais e a conhecer mais. Os diálogos em torno da finalidade e sentido da Sociologia foram importantes para registrar e sistematizar a experiência bem sucedida do diálogo como método de ensino e consequente aprofundamento das vivências que eram reconstituídas e complementadas por questões consensuais e destaques que eram geradores de outras perguntas e adendos que iam sendo elaborados de forma distintiva e interessada. A realização das rodas de diálogo e a produção de cartas indicou que os jovens têm muito a dizer sobre a Sociologia e sobre o Ensino Médio, suas relações e percepções a partir das experiências vividas no chão da sala de aula e construídas a partir de relações horizontalizadas, não hierárquicas do ato de ensinar e aprender entre os partícipes do processo. A pesquisa confirmou plenamente a sua hipótese de trabalho: que sentido tem a Sociologia para os estudantes do IFPB? Essa hipótese de trabalho implica em dizer que a produção de sentido não se realiza fora da escola, ela deve ser buscada no dia a dia da sala de aula. Quem produz sentido são os alunos e a professora que vive a experiência de ensinar e aprender e, portanto, de troca de experiências e saberes.