Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Kelly da Silva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152194
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Resumo: |
Esta pesquisa foi desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP – Campus de Presidente Prudente, vinculada à Linha de Pesquisa: Processos Formativos, Infância e Juventude. A questão que conduziu essa investigação foi a constatação de que, apesar dos estudos e pesquisas que defendem o diálogo integrativo com as culturas juvenis no espaço escolar terem adquirido maior visibilidade nos últimos anos, ainda há o não conhecimento em relação a este assunto. Vários educadores e pesquisadores se colocam contra, dizendo que ao trabalhar com as culturas juvenis no espaço escolar, os conteúdos sistematizados ficam negligenciados, devido ao tempo e as exigências a que os docentes estão condicionados. Alguns ainda acreditam que valorizar e trabalhar as manifestações das culturas juvenis não é objetivo da escola, tendo em vista o caráter de seriedade e obrigatoriedade que deve existir dentro delas, devido às suas finalidades que seriam, principalmente, a preparação para o vestibular ou para o mercado de trabalho. A pesquisa foi embasada no referencial teórico dos estudos no campo da juventude, com ênfase na Sociologia da Juventude e teve como objetivos identificar quais eram as manifestações das culturas juvenis de jovens alunos de uma sala do Ensino Médio em uma escola pública na região de Presidente Prudente/SP e analisar de que forma a disciplina de Língua Portuguesa pode realizar um diálogo integrativo com as culturas juvenis sem negligenciar os conteúdos escolares. A natureza do estudo foi qualitativa e a opção metodológica escolhida foi a pesquisa intervenção. Os procedimentos para a obtenção dos dados foram: a observação participante, os registros em diário de campo, a aplicação de formulários e a de entrevistas reflexivas. Os resultados apontaram que, mesmo com todas as exigências e dificuldades existentes, foi possível fazer o diálogo integrativo entre as culturas juvenis e o ensino de Língua Portuguesa, garantindo que os conteúdos elencados no Currículo Oficial fossem trabalhados. Para que isto fosse possível, foi necessário compreender os jovens alunos com suas culturas, crenças, valores, anseios e desejos, como também conhecer suas formas de pensar e agir, além do espaço e tempo da sala de aula. Essa pesquisa contribuiu, indiretamente, para fortalecer a concepção de que o Ensino Médio não tem apenas como finalidade a função propedêutica, mas também a de formar para a vida, possibilitando aos jovens alunos a apropriação dos conteúdos científicos de maneira construtiva e crítica. A pesquisa revelou a importância de o professor reconhecer as manifestações dos jovens alunos e de estar sensível ao ato de comunicação, que vai além das palavras, bem como estar ciente de que a sua realidade é única e de que, por esse motivo, não é possível controlar ou prever as expressividades das culturas juvenis. Estar aberto ao diálogo com os jovens pode promover a articulação entre as expectativas deles e os conteúdos a serem trabalhados. Nessa pesquisa, a construção coletiva do conhecimento, que contou com a participação dos jovens alunos, buscou fazer o diálogo com os mais diversos métodos e técnicas, trazendo a poesia, a música, o debate, as mídias, os contos, entre outros, mas, também, o diálogo, a escuta, o respeito, a cumplicidade, a parceria, o assumir responsabilidades, a rigorosidade, a alegria, não só pelo prazer, para atrair os jovens alunos, mas, principalmente, pela possibilidade de apropriação das diversas expressões culturais, considerando-as repletas de códigos e de representações que foram construídas cultural e socialmente. Diante dos resultados, acreditamos que o educar para a vida encontra-se imbricado com a aquisição do conhecimento científico, sistematizado, elaborado e que, além de ser possível, é urgente o diálogo entre a cultura escolar e as manifestações culturais juvenis. A escola, que dialoga com os jovens alunos, promove uma aprendizagem conscientizadora, pois permite ao jovem questionar e debater, exercício imprescindível para o despertar da consciência crítica tão necessária para a transformação da realidade. |