Políticas públicas e cotonicultura nos municípios da bacia do rio Vermelho no Estado de Mato Grosso no período de 1990 a 2014.
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1943 |
Resumo: | No cenário de sucesso do desenvolvimento agropecuário do Mato Grosso, o algodão ocupa lugar de destaque, desde o final da década de 1990. Além de abastecer o mercado interno com fibra de excelente qualidade, grande parte do algodão matogrossense é voltada ao mercado externo, tendo acumulado a cifra de US$ 5,7 bilhões em exportações no período de 1997 a 2014. A cotonicultura é uma atividade de grande relevância socioeconômica, porém também pode causar uma série de impactos negativos ao meio ambiente, pelo fato do algodão ser naturalmente muito suscetível ao ataque de pragas e insetos, além de ser uma das culturas que mais expõe o solo à erosão. A região Sudeste do estado de Mato Grosso foi precursora na produção no cultivo do algodão na década de 1960 e voltou a ocupar lugar de destaque a partir do final da década de 1990. No conjunto de fatores que impulsionaram a expansão do algodão está o estímulo de políticas públicas econômicas em âmbito federal, que desde os anos 1970 desenvolveram ações voltadas para as atividades agropecuárias. Mais recentemente, programas específicos para o algodão também foram criados pelos governos estaduais. Nesse contexto, o objetivo dessa pesquisa foi verificar os efeitos das políticas públicas econômicas que incentivaram a cotonicultura nos municípios de Alto Garças, Guiratinga, Itiquira, Pedra Preta, Poxoréo, Rondonópolis e São José do Povo, cujas áreas de cultivo estão localizadas no setor de planalto da bacia do rio Vermelho no Sudeste do estado do Mato Grosso. Buscou-se analisar a evolução da cotonicultura e os efeitos ambientais e socioeconômicos no período de 1990 a 2014. A presente pesquisa, situada no campo de estudos de mudança no uso da terra empregou o método hipotético-dedutivo. Procedimentos de pesquisa exploratória, descritiva, quantitativa, qualitativa e documental foram utilizados. A pesquisa mostrou os efeitos do estímulo ao crescimento do algodão pela política do PROALMAT, em conjunto com outros instrumentos de política econômica, especialmente a lei Kandir para as exportações. Evidenciou o caráter dominante da produção de culturas temporárias sobre as culturas permanentes, a soja como a commodity preponderante no uso da terra pelas culturas temporárias, a cultura do algodão com o crescimento mais expressivo entre as culturas mais plantadas. A análise dos contextos espaciais e temporais mostrou que a evolução da área plantada com algodão ocorreu de forma distinta nos municípios, com destaque para Pedra Preta e Itiquira, que mais plantaram algodão ao longo do período estudado. Grandes oscilações na área plantada foram identificadas em quatro grandes anos de pico: 2001, 2005, 2007 e 2011 motivadas pela a integração de preços e mercados nos cenários nacional e internacional e sua preponderância na tomada de decisão para a expansão da área plantada nos municípios. A política do PROALMAT não realizou o objetivo de arrecadar mais pelo estímulo inicial da expansão da produção no período estudado. A arrecadação do ICMS estadual registrou grandes valores renunciados pelo estado, especialmente nos anos de pico de produção. A quantidade necessária de insumos de custeio acumulou enormes montantes, especialmente fertilizantes e agrotóxicos no período. |