Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Alves, Lucilio Rogerio Aparecido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-09112006-144525/
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Resumo: |
Desde meados dos anos 1970 os preços do algodão vêm caindo no Brasil e, mesmo assim, após a reestruturação dos anos 1990, a produção se expande de forma marcante. Neste trabalho argumenta-se que tal perfomance decorreu de uma conjugação de fatores de ordem tecnológica (do lado da oferta) e mercadológica (do lado da demanda). A capacidade empresarial e empreendedora dos produtores brasileiros foi essencial para aproveitar as oportunidades e superar os obstáculos para que a produção de algodão e derivados alcançasse o elevado padrão de produtividade e eficiência dos dias de hoje. Por um lado, o setor se organizou e se transformou numa ?cotonicultura empresarial?, com o plantio sendo realizado em grandes extensões, num sistema capitalizado e tecnificado. Ao mesmo tempo, a partir dos anos 1990 verifica-se um processo de redefinição institucional. Devido à escassez de recursos estatais a partir dos anos de 1980, a iniciativa privada passa a investir inclusive em pesquisa. Deste processo resultam saltos de produtividade que se viabilizam graças às exportações, que moderavam as quedas de preços que, fatalmente ocorreriam caso a expansão da produção ficasse represada no mercado interno. Desenvolve-se um modelo econômico para aferir o crescimento do setor em termos de choques de oferta e de demanda utilizando as idéias básicas desenvolvidas por Blanchard e Quah (1989), que foram adaptadas ao setor agrícola por Barros; Spolador e Bacchi (2006). Aplica-se a Análise de Auto-Regressão Vetorial ? VAR a dados da renda nacional (PIB), do quantum exportado de algodão em pluma, da produtividade agrícola de algodão em caroço, da área colhida com algodão, da produção de algodão em caroço e do preço recebido pelo produtor no mercado interno. Os resultados do trabalho apontaram que a área colhida com algodão tem uma evolução fortemente marcada por um processo auto-regressivo. Aparentemente, definidas as condições gerais econômicas e tecnológicas, a área da cultura passa a seguir um processo de elevação ou redução em direção ao valor desejado que pode levar uma década ou mais. Entretanto, aproximadamente 30% do crescimento da produção de algodão no Brasil se deveu ao comportamento da produtividade da lavoura. Outros 15% do aumento da produção pode ser atribuído à evolução do preço. Quase um quarto da evolução da exportação de algodão pode ser atribuído ao comportamento da produtividade. Entre trinta e cinco e quarenta porcento se devem a mudanças de produção não associadas diretamente à produtividade e preços. Em síntese, podese dizer que o desenvolvimento da cotonicultura brasileira pode ser atribuído principalmente a mudanças do lado da oferta. |