Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Leitão, Lucas Bezerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/51569
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Resumo: |
Tomando como ponto de partida a impetuosidade pela qual a “Guerra às drogas” opera sobre as condições de vida e de subjetivação das periferias do capitalismo, especialmente do Brasil, o presente estudo se vale de uma revisão bibliográfica de inspiração foucaultiana para elucidar de que forma o conceito de vício foi, ao longo da história do Ocidente, constituído e reiteradamente acionado em diversos lugares e momentos por uma multiplicidade de saberes, como a Filosofia, a Teologia Cristã e a Psiquiatria, na empreitada de “produzir” as populações alvo de processos de dominação enquanto um “outro” da “civilização”, majoritariamente representado como selvagem, irracional e, portanto, passível de intervenções violentas e autoritárias. Ao situar as drogas enquanto ponto nodal entre os mundos civilizado e bárbaro em plena contemporaneidade, problematiza-se aqui o proibicionismo como uma atualização da mesma lógica de colonialidade que fundara a Modernidade, considerando-se que as vítimas de tal política são praticamente as mesmas de antes - as populações negras e indígenas - e que seus agentes (antes portugueses e espanhóis, hoje, estadunidenses) continuam a se beneficiar com a violência empreendida sobre estas, justificada por narrativas propriamente míticas que, sob a perspectiva aqui sustentada, orientaram a própria concepção de determinadas noções distintivas das sociedades europeias, como “civilização” e “racionalidade”, que, por sua vez, evidenciam que a rentabilidade da “Guerra às drogas” se deve ao fato de a mesma estar enraizada em questões próprias à gênese do pensamento ocidental - estrategicamente retomadas no século XX pelo neoliberalismo. |