Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Charles Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
http://www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3452
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Resumo: |
Esta dissertação, intitulada Rodolpho Theophilo: a construção de um romancista, pretende realizar uma investigação da formação intelectual e literária de Rodolfo Teófilo (1853-1932), verificando como se deu o seu amadurecimento como ficcionista em O paroara (1899). Para tal propósito, situamos, de maneira crítica, o referido autor em sua conturbada época e espaço social: a Fortaleza da Belle Époque. A pesquisa divide-se em três capítulos: o primeiro relaciona o escritor ao contexto em que está inserida a sua obra ficcional, além do estudo de seu campo intelectual e literário; no segundo estudaremos a dinâmica dos processos de leitura e desleitura e, no terceiro capítulo, como operou-se a construção do estilo naturalista-regionalista de Rodolfo Teófilo. Para o desenvolvimento do primeiro capítulo, utilizamos as categorias de contexto, campo literário e habitus, respectivamente, estabelecidas por Dominique Maingueneau, em O contexto da obra literária (2001) e por Pierre Bourdieu, em As regras da arte (1996). No segundo, investigamos qual foi o rol de leituras de Rodolfo Teófilo, que configuraram a base de sua cosmovisão cientificista. Para examinar os embates dele com a tradição literária, empregamos a concepção de angústia da influência e de desleitura, cunhados pelo crítico Harold Bloom, em A angústia da influência (1991) e Um mapa da desleitura (2003). No último capítulo, analisamos como se deu a superação das influências de leitura, efetuando um rigoroso exame dos textos ficcionais da década de 1890, culminando com o romance O paroara. Para esse processo, foram empregadas as categorias estilo, linguagem e escritura, por Roland Barthes em O grau zero da escrita (1974), também estudadas por Leyla Perrone-Moisés em Texto, crítica, escritura (1993). Concluímos, que em O paroara, Rodolfo Teófilo atingiu uma segurança em seu fazer ficcional, apoiado, criticamente, na noção proposta por Araripe Júnior, de estilo tropical, no ensaio Estilo tropical. A fórmula do naturalismo brasileiro (1888). Estudamos como Rodolfo Teófilo realizou uma desapropriação poética da escola naturalista e atingiu uma escritura singular, recriando o regionalismo, tornando-se precursor da chamada Literatura das secas. Este trabalho faz parte da pesquisa Bibliotecas Pessoais: Escritores, Historiadores e Críticos Literários, sob a coordenação da Profª. Drª. Odalice de Castro Silva, do Programa de Pós-Graduação em Letras – Literatura Comparada, da Universidade Federal do Ceará. |