O corpo como zona de inventividade no processo de criação de Wagner Rossi Campos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza, Ana Cecília Araújo Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: www.teses.ufc.br
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/14627
Resumo: A presente pesquisa aborda o processo de criação do performer Wagner Rossi Campos a partir do atravessamento de suas referências simbólicas e estéticas, modos, diretrizes e nuances de trabalho. Na busca de se aventurar por outros universos sensórios, transformando seu próprio corpo em um canal aberto para suas experimentações poéticas, Campos promove hibridações da linguagem performática com outras práticas de naturezas distintas, das quais destacamos o seu envolvimento com os protótipos ritualísticos. A Crítica de Processo proposta por Cecilia Almeida Salles, com fundamentação teórica na Semiótica de Charles Sanders Peirce, nos serviu como estratégia para o desenvolvimento de uma reflexão fluída e sensível aninhada em um movimento contínuo, não-linear, inferencial, que não limitasse a riqueza de possibilidades trazidas pelo percurso criativo deste artista. A metodologia também consistiu na sistematização bibliográfica e na realização de entrevistas com Wagner, servindo-nos, inclusive, como uma das principais fontes de informação para o entendimento mais profundo de seus procedimentos de trabalho, o que nos proporcionou, ainda, detectar questões significativas, como: a ideia da performance como campo de energia; o corpo como acontecimento; a exposição dos documentos processuais; as matérias-primas utilizadas; o diálogo do artista com o público participante de uma ação; a elaboração de uma escrita performática; a preferência do termo ação no lugar de performance; o sincretismo religioso e a crítica à cultura colonizada na América-Latina. Com isso, acreditamos que o diálogo arte e ritual efetuado pelo performer contribui na construção de uma performance ritualística que, por sua vez, nos revela algo novo: o corpo do artista como uma espécie de zona de inventividade, a partir da qual o artista amplia sua subjetividade e, assim, rompe com hábitos corporais, temporais, cognitivos e afetivos.