Representações da violência em Agua (1935), de José María Arguedas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Faustino, Rafael Evaristo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/31530
Resumo: Nesse trabalho nos propomos a analisar a primeira publicação literária de José María Arguedas (1911-1969), Agua (1935), discutindo as representações de violência que ocorrem nos três contos que compõem a obra: “Warma kuyay”, “Agua” e “Los escoleros”. Além de considerar a literatura como transfiguração do real, percebemos que em Agua a crítica de Arguedas em relação à sociedade peruana é dada de maneira objetiva e explícita. Tomando como base a forma de escrita e tipos de personagens. Alguns críticos como Escajadillo (1994) e González Vigil (1998) dividiram a ficção arguediana em três fases literárias diferentes: a primeira delas diz respeito à predominância de uma economia semifeudal e de um discurso marcadamente realista. Segundo esses autores, a obra mais representativa dessa fase é Agua, na qual Arguedas buscou de certo modo retratar um microcosmo da relação bastante conflituosa existente na sociedade peruana entre índios e donos de terra. A segunda e a terceira fases da produção do autor, segundo Escajadillo (1994) e González Vigil (1998) possuem um cunho mais totalizador da sociedade peruana e, por conseguinte, da América Latina. Detemo-nos na primeira fase, que traz um antagonismo contínuo entre “brancos” e índios. Para a problematização da corrente indigenista e análise dos contos, amparamo-nos em estudos de Ángel Rama ([1982] 2008), González Vigil (1998), Escajadillo (1994), Cornejo Polar (2008) e outros críticos que também abordaram a narrativa indigenista em seus estudos, como: Mariátegui ([1928] 2007), Cunha (2007) e Gracia Morales (2015). Nos aspectos da violência e poder, detemo-nos em Diégenes (1996), Sevcenko (1985), Foucault (2014) e Faleiros (2007). Com isso, vimos que a violência se apresenta das mais variadas formas: violência contra a mulher; violência contra a natureza e violência entre as raças, onde vemos o preconceito contra o índio.