Pluralidade de olhares críticos dando voz a silêncios de infância, romance de Graciliano Ramos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, José Aparecido da lattes
Orientador(a): Schmitt, Maria Aparecida Nogueira lattes
Banca de defesa: Silva, Rodrigo Fialho lattes, Vale, Vanda Arantes do lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF)
Programa de Pós-Graduação: -
Departamento: -
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6338
Resumo: Esta pesquisa tem como escopo tecer considerações sobre o romance de Graciliano Ramos, Infância, cuja arquitetura textual emprega uma mescla de realidade com ficção, abrindo, assim, múltiplas possibilidades de análise. Para tanto buscam-se como fundamentação teórica olhares críticos que levam o leitor a ouvir as vozes do texto, que, paradoxalmente, tornam-se audíveis por meio do silêncio do narradorpersonagem. Teorias críticas contemporâneas constituem-se elementos ancilares desta dissertação. Dos teóricos alemães Hans Robert Jauss e Wolfgang Iser a estética da recepção é requisitada para o trânsito entre os vazios deixados pelo silêncio que habita o narrador-personagem. Por se tratar de um romance memorialista de ficção, recorre-se a conceitos de Marcel Proust como forma de presentificação do passado na tessitura de um romance que acorda lembranças. A pesquisa parte de reflexões sobre a cultura, em geral, de onde decorrem as particularidades regionais tão perceptíveis em Infância que levam à consideração da obra como regionalista, com base nos parâmetros indicados pela crítica. A narrativa, com seus monólogos memoriais, direciona ao aporte teórico do fluxo da consciência, conceito defendido por Robert Humphrey. Como última análise, é considerada a teoria atual da transculturação narrativa, proposta pelo crítico uruguaio Ángel Rama, dando relevo a dois dos três níveis que constituem o processo do trânsito entre culturas, a saber, o da cosmovisão e o da linguagem.