Verbo encarnado: resíduos do sirventês na poesia insubmissa de Roberto Pontes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Abreu, Victória Pereira Vasconcelos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/62702
Resumo: Verbo encarnado é um livro de poemas publicado em 1996, do escritor cearense Roberto Pontes, pertencente à Geração 60 da literatura brasileira e a uma de suas vertentes, a de ―Protesto Social‖, em que pontifica o viés político e insubmisso em decorrência do golpe militar de 1964. Essa geração está devidamente caracterizada pelo poeta e crítico Pedro Lyra na ―Introdução‖ a Sincretismo: a poesia da Geração 60 (2005). A categoria poética insubmissa, na verdade, soa como eco de outro, mediévico, o sirventês, praticado pelos trovadores para fins políticos. A partir desta aproximação entre essa poesia medieval e a produção poética de Roberto Pontes em seu livro Verbo encarnado, esta dissertação objetiva compreender e demonstrar como esse resíduo de poesia anterior, de cunho social, perpetua-se e reverbera em produções poéticas atuais, como essa escrita na década de 90, do séc. XX, no Brasil. Lançando mão de poemas caracterizados como sirventês, da poesia insubmissa de Roberto Pontes, procederemos a um cotejo que verifique a remanescência de uma concepção poética noutra. Para tanto, utilizaremos a Teoria da Residualidade por embasamento teórico, pois ela nos possibilita proceder comparativamente, operando com alguns conceitos como os de resíduo, mentalidade, imaginário, cristalização, endoculturação e hibridação cultural, facultando ainda encontrarmos similaridades entre as poéticas indicadas, de modo a comprovarmos a correspondência entre o sirventês e a poesia ponteana. Para amparar nossa pesquisa utilizamos também a Literatura Comparada, que nos possibilita através da multidisciplinaridade abarcar aspectos temporais, históricos, culturais e sociais para melhor desenvolvimento das análises.