Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daniele Costa da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/16629
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Resumo: |
Este estudo trata da ação dos movimentos sociais na construção do Bairro Dias Macedo - situado na periferia pobre de Fortaleza (Nordeste do Brasil), marcado, sobretudo, pela carência e precariedade de serviços urbanos – figura como um dos pioneiros na emergência de formas de organização dos moradores, notadamente a partir dos anos 1960. A abordagem adotada possibilita analisar a interação entre lutas urbanas e a produção do espaço no contexto da urbanização de Fortaleza, a qual se caracteriza pela forte segregação sócioespacial. A releitura crítica da história do bairro foi fundamental para a realização da pesquisa. Esta releitura põe em evidência o papel essencial dos moradores na luta pela sobrevivência no meio urbano, mas, igualmente, na reivindicação coletiva do direito à cidade; luta conduzida pelas organizações populares. A pesquisa empreendida levou à compreensão das relações entre mobilização dos habitantes e construção de laços identitários com o lugar. Permitiu, além do mais, apreender o sentimento de pertença originário das experiências coletivas e das formas de solidariedade para fazer face aos problemas do cotidiano. No início dos anos 1980, as mudanças políticas que marcaram a redemocratização do país abrem um período de redefinição da ação das organizações sociais. Neste período, observa-se novas dinâmicas sociais e territoriais no bairro Dias Macedo, especialmente com a intervenção de associações, de grupos de base, de militantes de esquerda, entre outros. Nos anos 1990, com a efervescência dos debates e dos movimentos em torno dos problemas ambientais, a agenda de reivindicações dos movimentos sociais se amplia: doravante ela leva em conta o meio ambiente e sua conservação no processo de discussão política da cidade. A análise da evolução urbana desse bairro e de sua história de lutas mostra a importância das organizações sociais na produção do espaço. A intervenção dos atores sociais, que vivem a cidade, desvela as contradições do espaço urbano e engendra uma nova maneira de pensar esse espaço, de vivê-lo e torna possível a construção de uma nova urbanidade. |