Ensino comunicativo de pronúncia do espanhol para aprendizes brasileiros: proposta de material didático destinado a adolescentes e adultos (nível A2-B1) em cursos de idiomas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lima, Andrêssa Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufc.br/handle/riufc/74780
Resumo: Este trabalho tem como objetivo produzir unidades didáticas de pronúncia do espanhol, destinadas a aprendizes brasileiros, que exploram o componente fonético-fonológico através de atividades comunicativas. As unidades de pronúncia focalizam os conteúdos fonéticos que tendem a ser mais dificultosos para os estudantes brasileiros, além de conjugar tais conteúdos a temas comunicativos. A proposta de propiciar atividades fonéticas em um ambiente comunicativo surge da necessidade de se trabalhar os sons do espanhol de maneira mais significativa e relevante, em que os aprendizes se envolvem em situações de interação, ao passo que desenvolvem a pronúncia do espanhol, buscando uma fala mais inteligível e compreensível. O trabalho se fundamenta na perspectiva de que os aspectos fonético-fonológicos constituem um dos componentes para desenvolver a competência comunicativa (Hymes, 1971; Canale, 1983), cujo propósito é o de pronunciar com clareza para interagir e significar de maneira inteligível e compreensível (Munro; Derwing, 1995; Derwing; Munro, 2005, 2009; Alves, 2015; Lima Jr; Alves, 2019; Alves; Lima Jr, 2021), evitando ruídos de comunicação. Além disso, a obra de Celce-Murcia et al. (2010) é referência para o ensino comunicativo de pronúncia de línguas estrangeiras e serviu como base para a planificação das aulas. Os autores argumentam que a aula de pronúncia deve ser constituída de cinco etapas: descrição e análise, discriminação auditiva, prática controlada, prática guiada e prática comunicativa. Aliada ao ensino comunicativo, a instrução explícita de pronúncia constitui uma das etapas do plano de aula, em que, tendo como base os estudos de Schmidt (1990), VanPatten (1990), Ellis (1997, 2015), Hulstijn (2005), Alves e Magro (2011), Thomson e Derwing (2014), Kissling (2015), Derwing (2018), Lima Jr e Alves (2019), Alves e Lima Jr (2021), entre outros, a chamada de atenção para aspectos específicos do input e a consciência a respeito do sistema da língua podem implicar na facilitação da aprendizagem por parte dos aprendizes e no desenvolvimento mais rápido das estruturas que são diferentes da língua materna. Levando isso em consideração, a comparação feita entre os sistemas da língua materna e da língua alvo forneceu a identificação dos tópicos fônicos que podem ser mais relevantes para o ensino de pronúncia e que podem ser explicitados ao aluno para que tenha ciência das diferenças entre os padrões das duas línguas e possa buscar desenvolver os sons que são mais difíceis. Desse modo, as unidades didáticas de pronúncia se constroem sob os fundamentos indicados anteriormente e são compostas pelas etapas de: (I) Introdução: conversação relacionada à temática; (II) Vocabulário: leitura ou compreensão auditiva; (III) Chamada de atenção para os sons: instrução explícita; (IV) Prática controlada e guiada: tarefas de treinamento fonético; e (V) Prática comunicativa: conversação livre sobre o tema. Espera-se que as atividades de pronúncia auxiliem o trabalho do professor e potencializem a pronúncia do aprendiz.