Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Machado, Ivna Carolinne Bezerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/56263
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Resumo: |
Na perspectiva da abordagem geográfica cultural do fenômeno religioso (SANTOS, 2006) estabelecemos como norte de composição analisar lugares Marianos e as dinâmicas estabelecidas pela religiosidade popular a partir da devoção mariana a Nossa Senhora de Lourdes. Nessa perspectiva a leitura desses espaços simbólicos e sua paisagem considera a irradiação desta devoção como um modelo devocional turístico e terapêutico. Desta forma buscamos compreender as ações dos diversos sujeitos, devotos e visitantes no espaço-tempo a partir da dinâmica devocional que os move, na busca pela cura e manutenção da saúde. Com base no triângulo das necessidades dos sujeitos devotos (MACHADO; OLIVEIRA, 2017; ROSENDAHL, 2009) quais as principais demandas dos sujeitos? Essa demanda se completa numa viagem? Numa peregrinação? Num gole d´água? Na figura de um ex-voto? Neste sentido, tomadas como diretas variações do santuário de Lourdes na França (Metropolitano) a partir da classificação das modalidades de santuários de Oliveira (2004, 2011), selecionamos dois santuários (Festivos) a partir de suas singularidades, a pedra da Gruta de Lourdes de Chaval (CE) e a Gruta de Lourdes da Betânia em Lagoa do Piauí (PI) para o acompanhamento de suas respectivas festividades. Situados em contextos marginais, em cidades interioranas do Nordeste brasileiro foi possível evidenciar as principais forças vetoriais atuantes na dinâmica destes espaços (OLIVEIRA, 2011). Em todo o percurso teórico tomamos como referência o sagrado feminino e os aspectos psicológicos do arquétipo feminino (JUNG, 2003; NEUMANN, 1996) perpassando pelas diversas faces de deusas mitológicas (CAMPBELL, 2007; RIBEIRO, 2012) até chegar à figura de Maria (ALVAREZ, 2015; TARNAS, 2002). Para a Composição do imaginário simbólico religioso e da saúde, somos tomados pela imaginação material em torno dos elementos da natureza, na atribuição de significados a água como fonte de vida, alimento e a caverna como lugar de abrigo e proteção (BACHELARD, 1998; FIGUEIREDO, 2010). Os campos foram marcados pela constante empírica de pré-campo, em-campo e pós-campo (OLIVEIRA; MACHADO; ROCHA, 2018). Destacamos três períodos de campos empíricos, o primeiro, como na composição de um cenário (GOMES; FORT-JACQUES, 2010), identificamos nos santuários festivos as singularidades, o alcance de público, estruturas, elementos materiais e a dinâmica de rituais. O segundo período foi marcado pela visita ao santuário de Lourdes na França em busca de aproximações e afastamentos. O terceiro, de volta aos santuários festivos fez-se o estabelecimento oficial dos vínculos com o santuário de Lourdes. A partir das ferramentas metodológicas de análise e com base nos levantamentos de demandas em campo elaboramos um conjunto de projeções que viabilizem o turismo religioso e terapêutico. Neste sentido, a leitura dos santuários como espaços simbólicos de cura nos levam para uma geografia da saúde que faz dialogar modalidades terapêuticas e culturais. |