Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Tatiane Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/2152
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Resumo: |
Na lógica da Reforma Psiquiátrica, mulheres portadoras de transtorno mental devem ter acesso à atenção básica no campo do Planejamento Familiar (PF). Desta forma, estabeleceu-se a tese de que o matriciamento é uma estratégia que favorece a promoção do PF de mulheres com transtorno mental pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Objetivou-se analisar o matriciamento como estratégia para efetivar o planejamento familiar de mulheres portadoras de transtorno mental; identificar condutas de enfermeiros e de médicos frente às demandas de planejamento familiar de mulheres com transtorno mental na atenção básica, bem como possíveis fatores que interfiram no atendimento neste nível de atenção; verificar percepções da equipe de saúde do CAPS a respeito de demandas de mulheres portadoras de transtorno mental no campo do planejamento familiar; e investigar contribuições de profissionais dos CSF e do CAPS que venham a favorecer o atendimento ao planejamento familiar de mulheres com transtorno mental no sistema de saúde. Estudo do tipo descritivo-exploratório e convergente assistencial, desenvolvido em onze CSF e um CAPS de Fortaleza-CE. A coleta de dados ocorreu em duas etapas. Na primeira, ocorreram entrevistas com 42 profissionais (enfermeiros e médicos) dos CSF e com 8 profissionais do CAPS; e na segunda houve o exercício do matriciamento. Os dados foram organizados no SPSS e pela técnica de análise de conteúdo de Bardin. Parte das condutas profissionais nos CSF mostrou-se adequadas: importância à atenção ao PF, preocupação com interação medicamentosa e com cuidado materno; indicação de Métodos Anticoncepcionais (MAC) que não exija controle feminino; corresponsabilidade do parceiro no PF; vigilância ao abuso sexual; atendimento sem discriminação; e inadequadas: atendimento restrito ao quadro psicopatológico, conduta inadequada ao PF de portadora de esquizofrenia. Os fatores a interferir nas condutas profissionais foram restrita variedade de MAC; rotina de prescrição médica do anticoncepcional hormonal, insegurança técnica para atender aos casos. As demandas de PF apresentadas pelos profissionais do CAPS foram: lidar com a paciente sexualmente ativa; com pacientes susceptíveis à violência sexual e à gravidez; pacientes com depressão e que fazem uso de carbonato de lítio. Contribuições dos participantes incluíram: redução do número de famílias por equipe da ESF; número suficiente de agentes comunitários; capacitação dos profissionais em saúde mental; disponibilização dos MAC; apoio matricial; envolvimento da família; administração supervisionada dos contraceptivos. O exercício de matriciamento ocorreu por meio de duas reuniões: na primeira foram apresentados os resultados da pesquisa; e na segunda, por meio, de um caso clínico, os participantes discutiram seis aspectos para a efetivação do PF de mulheres portadoras de transtorno mental: integração equipes dos CSF e do CAPS; levantamento dos aspectos reprodutivos e sexuais na história clínica inicial; encaminhamento da paciente com descrição detalhada; intervenção médica conjunta dos CSF e do CAPS na prescrição de MAC e anticonvulsivantes; apresentação das pacientes para os novos profissionais, no caso de troca de equipe; e contracepção supervisionada. Por fim, confirmou-se a tese de que o matriciamento é uma estratégia que favorece a promoção da assistência ao PF de mulheres com transtorno mental pelas equipes da ESF. |