O Matriciamento em Saúde Mental e a formação de psiquiatras na Atenção Primária à Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Raquel Maia Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97515
Resumo: <div>Nos últimos vinte anos, mudanças no modelo de assistência à saúde mental se sucederam, o que fez surgirem novas necessidades também na formação de especialistas na área. O apoio matricial (AM) ou matriciamento surge como ferramenta de cuidados colaborativos, que visa proporcionar a retaguarda especializada da assistência, suporte técnico-pedagógico, vínculo interpessoal e o apoio institucional no processo de construção coletiva de projetos terapêuticos, traz uma nova lógica ao papel especialista na rede de atenção à saúde. O objetivo do estudo foi analisar a formação em AM para a saúde mental na Atenção Primária à Saúde realizada por um programa de residência médica em psiquiatria no estado do Ceará. Foram realizadas a análise documental do currículo da residência médica e entrevistas semiestruturadas com nove residentes que concluíam o último ano do programa. A análise dos dados deu-se através da técnica da Análise Temática, tendo sido elaboradas quatro categorias representativas para os objetivos de estudo: Assistência Psicossocial no Brasil: um modelo desafiador para um programa de residência médica em psiquiatria; Compreensão sobre o Apoio Matricial em Saúde Mental; Processos de Ensino e Aprendizagem durante o estágio do Apoio Matricial; Apoio Matricial como ferramenta pedagógica para a residência médica. Aspectos positivos e negativos foram ressaltados tanto relacionados ao estágio em si e à formação profissional, como relacionados às percepções sobre o SUS, e a organização dos serviços de saúde. Foram reconhecidas como potencialidades do AM como ferramenta pedagógica, a possibilidade do trabalho interdisciplinar, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e de uma prática dialógica para a troca de saberes, o trabalho no território e a possibilidade de vivenciar suas peculiaridades. A carência de conteúdos teóricos que abordassem a reforma da assistência psicossocial no Brasil, bem como o Apoio Matricial, foi reconhecida como fragilidade na formação dentro desse programa. Este trabalho propiciou reflexões acerca da formação de médicos psiquiatras, colaborar com o aprimoramento de programas de residência médica e ampliar a discussão sobre a qualificação e formação de especialistas para a consolidação do SUS.</div><div><br/></div><div>Palavras-chave: Apoio Matricial. Residência Médica. Atenção Primária à Saúde.<br/></div>