Identidade e alteridade como partes de um todo indissociável em Proclo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cunha, Suelen Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/35209
Resumo: O pensamento de Proclo (412-485) é triádico e tem por característica reunir conceitos que foram forjados desde os filósofos da Phýsis e que foram recebidos e ressignificados por Platão e Aristóteles. Marcado pelas mudanças políticas de seu tempo, o Bizantino compartilha da corrente neoplatônica especulativa-teúrgica, de maneira a introduzir elementos religiosos em seu sistema. Enquanto neoplatônico, Proclo concebe um sistema no qual tudo o que existe participa da Unidade primeira. É fundamentado na participação, que se dá pela processão e semelhança, que o problema do uno-múltiplo é solucionado pelo Diadoco. No entanto, a processão pela semelhança leva à dificuldade de explicar a existência de diferentes seres, uma vez que o Princípio Primeiro é o mesmo para todos. A multiplicidade que deve participar da unidade é, então, organizada em hipóstases: divina, inteligível e psíquica. É ao estabelecer os elementos que compõem cada hipóstase que Proclo explica como é possível haver diferença nas realidades em que não há movimento. Ao tratar da esfera inteligível, ele estabelece os princípios péras e ápeiron como determinantes na unificação e particularização dos seres. É sob o ponto de vista da unificação como particularização que se encontra a resposta para a origem da diferença no sistema de Proclo. A reflexão sobre a unidade é o que permite atribuir elementos do sistema do Bizantino para além dos estudos da metafísica. Este estudo tem por principais referências teóricas as duas obras sistemáticas do Bizantino: Elementos de Teologia e Teologia Platônica.