Chupa meu pau, viadinho: o gesto documental queer em imagens performáticas do desejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Peixoto, Márcio Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48277
Resumo: Dos amores e dores, do suor e do sexo, verso nesse texto sobre o que permanece em mim. Ao assumir o discurso autoetnográfico (BENETTI, 2013), tento dar forma às marcas (ROLNIK, 1993) que identificam, condenam e historicizam o meu corpo. Do espaço etnográfico do sujeito queer (LOURO, 2016) e na qualidade de homem viado, proponho uma reflexão acerca do gesto documental do desejo gay em centros urbanos a partir de práticas afetivas do cotidiano. Por meio dos gestos de escrita, fotográfico e do vídeo (FLUSSER, 1994) penso a produção de referências (LATOUR, 2001) documentais (SALLES, 2010) como método de pesquisa do artista-etnógrafo da diferença (FOSTER, 2006), e como recurso poético na arte queer, por lançar imagens de tempos e espaços em suspensão - como lascas numa estrutura normativa - próprias das mundivivências que compõem uma memória utópica queer (MUÑOZ, 2017). O caráter performativo da sexualidade (BUTLER, 1993) de artistas queer como John Giorno, Robert Mapplethorpe, Peter Hujar, Tony Just, Felix Gonzalez-Torrez, Antônio da Silva, Ítalo Campos e Leonilson, em documentos performáticos (AUSLANDER, 2013) textuais, fotográficos e fílmicos, me oferece múltiplas perspectivas para a análise de "Pathos", meu próprio processo prático de pesquisa autoetnográfica sobre o desejo e as performatividades urbanas da sexualidade queer (PARKER, 2002). Os atravessamentos, as pontes possíveis, e a transdisciplinaridade assumida pela pesquisa possibilitam uma considerável compreensão da relação desses corpos/sujeitos da diferença com a documentação (JONES, 2013) sob a chancela do que denomino aqui como gesto documental queer.