Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bonfim, Naira dos Santos
 |
Orientador(a): |
Andrade, Darlane Silva Vieira |
Banca de defesa: |
Andrade, Darlane Silva Vieira,
Carneiro, Anni de Novais,
Aras, Lina Maria Brandão de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM)
|
Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39644
|
Resumo: |
A família é, quase sempre, o primeiro espaço de contato, socialização, aprendizagem e compreensão da cultura que estamos inseridos. A compreensão que circula no imaginário social sobre o que é família, parte de um ideal colonial e cisheteropatriarcal, que organiza os membros destas unidades em hierarquias de poder e distribuição rígidas de papéis sociais binários de gênero. Em um contexto de família pautada numa organização cisheteropatriarcal, os membros podem ser compelidos a se adequarem para reproduzir as normativas cobradas pelo meio social. Existem pactos, implícitos ou explícitos, de performatividade e expressão de gênero e sexualidade entre uma pessoa LGTBQIAP+ e a família primária que não acolhe sua identidade de gênero e/ou sexualidade? Para realização da minha pesquisa estabeleço um diálogo com as teóricas Adrienne Rich e Monique Wittig para pensar as normativas da heterossexulidade e intelectuais da teoria queer como Judith Butler, Leandro Colling e Eve Sedgwick para discorrer sobre performance, performatividade e o armário. O estudo tem caráter qualitativo e optei pela autoetnografia para construção e análise de dados, a partir de diários pessoais, fotografias e ilustrações autorais durante o período de 2012 a 2023, complementados com a técnica da linha de vida para separar os eventos significativos que fizeram parte dos dados. Ao longo da dissertação discorro sobre o conceito de pactos performativos, elencando recursos que são utilizados para a manutenção desses pactos. Argumento também sobre a dualidade de viver essas experiências performativas, uma vez que os pactos tanto são uma tentativa por parte da sociedade em nos aprisionar nas normativas da heterossexualidade e da cisgeneridade, como também são escudos que utilizamos para escapar de viver violências em nossas famílias nucleares. Finalizo com contribuições para a discussão sobre o que podemos definir como família, haja vista que, as pessoas LGBTQIAP+ estão sempre tensionando essas definições. |