Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Queiroz, Terezinha Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/59451
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Resumo: |
O estudo em evidência trata do assunto da mãe acompanhante que, por motivo de cirurgia em seu filho hospitalizado, permanece também internada, tentando contribuir para a recuperação e manutenção de sua saúde, enquanto ser que vivência, ao mesmo tempo, um processo de adaptação no contexto do centro cirúrgico. A pesquisa foi amparada no Modelo de Adaptação de Roy, especialmente num de seus elementos que é a pessoa que recebe o cuidado, tendo a mãe acompanhante como representante desse elemento recebido influências, também, dos demais elementos do modelo, os quais contribuíram bastante para o alcance dos seguintes objetivos: analisar os comportamentos das mães acompanhantes no contexto do centro cirúrgico, ao encaminhar seus filhos para a sala de cirurgia c verificar os mecanismos de enfrentamento utilizados por essas mães como meios de adaptação ao estado de acompanhante durante a espera da cirurgia de seus filhos. O estudo foi do tipo exploratório e descritivo, desenvolvido especialmente no contexto do centro cirúrgico. A coleta de dados se deu no período de junho a setembro de 1999 e teve como sujeitos de investigação dezoito mães acompanhantes, que permaneceram por todo o tempo no local do estudo durante a cirurgia de seus filhos. Os dados foram colhidos através de observação direta e entrevista semi-estruturada, analisados seguindo orientações da técnica de Análise dc Conteúdo de Bardin (1977), ressaltando-se a importância de alguns ajustes necessários para o estudo. Os resultados encontrados denunciaram que as mães acompanhantes, para se adaptarem no local de espera, sofreram a influência direta dos estímulos internos e externos do ambiente. O que mais se observou foram mães ansiosas, inquietas e angustiadas à procura de notícias, principalmente, ao referirem sentimentos bastante acentuados de preocupação e medo tanto da cirurgia em si, quanto da anestesia, por acreditar que seu filho podería dormir e não acordar mais, ou ainda, sofrer dores por não se completar o efeito anestésico. Dessa forma, assumiram uma postura de pessoas que manifestaram reações comportamentais bastante diversificadas, entre elas, a inquietação, a angústia, a tensão, a ansiedade, especialmente, uma obsessão apreensiva em busca de notícias, e culpavam a enfermagem por não lhes transmitir o que estava sc passando com seus filhos na sala dc cirurgia. Na tentativa de se adaptarem à situação, as mães se comportavam fumando, olhando por alguma fresta na porta do centro cirúrgico/ andando de um lado para o outro e principalmente rezando, pois o ato de recorrer a Deus e fazer orações resultava num estado acentuado de calma entre elas. Ressalta-se, aqui, a importância da informação prestada pela equipe de saúde que, até mesmo numa conversa informal, ajudava bastante na adaptação dessas mães, isso, considerando-se o momento de espera como forte gerador de ansiedade e, também, responsável por deixá-las bastante vulneráveis à fragilidade da ocasião e, ao mesmo tempo, escravas dos próprios sentimentos de dor e aflição por elas manifestados. Conclui-se, que a mãe acompanhante é um sistema adaptativo, que apresenta, inicialmente, alteração na sua integridade tanto física como emocional, mas que se recupera bem mais rápido, quando auxiliada pelos estímulos ambientais internos e externos que favorecem bastante a realização do processo de adaptação efetiva. |