Mae Acompanhante no Contexto do Centro Cirurgico: Comportamentos e Reacoes Adaptativas ...

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Queiroz, Terezinha Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=13764
Resumo: O estudo em evidencia trata do assunto da mae acompanhante que, por motivo de cirurgia em seu filho hospitalizado, permanece tambem internada, tentando contribuir para a recuperacao e manutencao de sua saude, enquanto ser que vivencia, ao mesmo tempo, uma processo de adaptacao no contexto do centro cirurgico. A pesquisa foi amparada no Modelo de Adaptacao de Roy, especialmente num de seus elementos que e a pessoa que recebe o cuidado, tendo a mae acompanhante como representante desse elemento recebido influencias, tambem, dos demais elementos do modelo, os quais contribuiram bastante para o alcance dos seguintes objetivos: analisar os comportamentos das mês acompanhantes no contexto do centro cirurgico, ao encaminhar seus filhos para a sala de cirurgia e verificar os mecanismos de enfrentamento utilizados por essas maes como meios de adaptacao ao estado de acompanhante durante a espera da cirurgia de seus filhos. O estudo foi do tipo exploratorio e descritivo, desenvolvido especialmente no contexto do centro cirurgico. A a coleta de dados se deu no periodo de junho a setembro de 1999 e teve como sujeitos de investigacao dezoito maes acompanhantes, que permaneceram por todo tempo no local do estudo durante a cirurgia de seus filhos. Os dados foram colhidos atraves de observacoes direta semi-estruturada, analisados seguindo orientacoes da tecnica de Analise de Conteudo de Bardin (1977), ressaltando-se a importancia de alguns ajustes necessarios para o este. Os resultados encontrados denunciaram que as maes acompanhantes, para se adaptarem no local de espera, sefrerem a influencia direta dos estimulos internos e externos do ambiente. O que mais se observou foram maes ansiosas, inquietas e angustiadas a procura de noticias, principalmente, ao referirem sentimentos bastante acentuados de preocupacao e medo tanto da cirurgia em si, quanto da anestesia, por acreditar que seu filho poderia dormir e nao acordar mais, ou ainda, sofrer dores por nao se completar o efeito anestesico. Dessa forma assumiram uma postura de pessoas que manifestaram reacoes comportamentais bastante diversificadas, entre elas, a inquietacao, a angustia, a tensao, a ansiedade, especialmente, uma observação apreensiva em busca de noticias, e culpavam a enfermeira por nao lhes transmitir o que estava se passando com os seus filos na sala de cirurgia. Na tentativa de se adaptarem a situacao, as maes se comportavam fumando, olhando por alguma fresta na porta do centro cirurgico, andando de um lado para outro e principalmente rezando, pois o ato de recorrer a Deus e fazer oracoes resultava num estado de calma entre elas. Ressalta-se, aqui, a importancia da informacao prestada pela equipe de saude que, ate mesmo numa conversa informal, ajudava bastante na adaptacao dessas maes, isso, considerando-se o momento de espera como forte gerador de ansiedade e, tambem, responsavel por deixa-las bastante vulneraveis a fragilidade da ocasiao e, ao mesmo tempo, escravas dos proprios sentimentos de dor e aflicao por elas manifestados. Conclui-se, que a mae acompanhante e um sistema adaptativo, que apresenta, inicialmente, alteracao na sua integridade tanto fisica como emocional, mas que se recupera bem mais rapido, quando auxiliada pelos estimulos ambientais internos e externos que favorecem bastante a realizacao do processo de adaptacao efetiva.