Vou à rua: estudos sobre os logradouros do centro de Fortaleza através da geografia e da toponímia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Gleilson Angelo da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Rua
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48227
Resumo: O Centro de Fortaleza resguarda a história da cidade através de seus logradouros que trazem resquícios de processos pelo qual a capital passou desde a sua fundação. A produção do espaço urbano se materializa através das formas que, através de suas funções, são resultados de processos políticos, econômicos, sociais, culturais internos e externos que alteraram a sua morfologia urbana e sua configuração espacial, implicando em significativas mudanças que construíram a metrópole que conhecemos hoje. O significado que o nome tem para o lugar onde está estabelecido nos permite, a partir do presente, buscar as marcas do passado, em um movimento de ida e volta para compreendermos as formas como o resultado de todos os processos pelo qual passou. Nesta perspectiva, entender o que são as vias e demais logradouros nos permite como estes termos foram utilizados ao longo do tempo e explicam os fenômenos geográficos pelos quais as cidades europeias e brasileiras passaram nos séculos XIX e XX. O estudo do nome dos lugares é importante para entendermos a origem dos nomes e como, a partir de uma classificação taxonômica, fazemos uma leitura do espaço. Cruzando tais informações compreendemos a construção da cidade de Fortaleza no período entre 1810 e 1933, uma vez que, o primeiro ano marca uma série de plantas e planos confeccionados tendo como objetivo conhecer o espaço onde a vila estava instalada e, posteriormente, expandi-la, e o último, marca o conjunto de denominações de logradouros que encontramos até hoje. Assim, os anos de 1810, 1856, 1888, 1890 e 1933 foram escolhidos decorrentes de processos de diversas naturezas e que implicaram numa mudança significativa na denominação dos logradouros. A discussão de lugar e memória fora necessário para entender até onde a relevância das personalidades encrustadas nas placas é realmente importante para a cidade, uma vez que, muitas delas não participaram ativamente do processo de construção de Fortaleza, enquanto que, figuras que permeiam o cancioneiro da cidade só existem na oralidade ou nas crônicas que retrataram a cidade de outrora. Ao final, montamos um panorama para entender, a mudança nas denominações ao longo dos anos, fruto de processos de uma vila que se tornou metrópole e que refletiu através de seus logradouros a alteração na sua morfologia urbana.