Manejo não farmacológico de alívio da dor em partos vaginais assistidos em uma maternidade terciária de Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moura, Alline Falconieri de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/66034
Resumo: Analisar os fatores associados a utilização e quantidade de métodos não farmacológicos para o alívio da dor na assistência a parturientes no trabalho de parto e parto em uma maternidade de referência.MÉTODO: estudo do tipo observacional, transversal, com coleta de dados de forma retrospectiva. A pesquisa foi realizada na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC)/Universidade Federal do Ceará (UFC). A amostra contou com 974 prontuários, decorrentes dos partos vaginais ocorridos durante os meses de maio a outubro de 2015. Para esta análise foram consideradas as 907mulheres que tinham o registro da utilização ou não dos MNF. Como variáveis dependentes temos: a utilização (sim/não), o tipo, e quantidade de MNF (1/2 ou mais métodos);e como variáveis independentes: as características socio demográficas maternas, fetais e assistenciais. RESULTADOS:A média de idade das 907 mulheres incluídas foi de 23,6 anos (dp±6,8). Apenas55 mulheres (6,1%) não utilizaram nenhum MNF e 852 (93,9%)utilizaram algum tipo de método.Dessas 51,8% utilizou apenas um método e48,2% utilizou2 ou mais métodos. A massagem/respiração foram os métodos mais frequentes (87,1%), seguidos do chuveiro (40,4%), cavalinho (27%) e bolsa suíça (25,5%). A média da idade e a paridade foram maiores nas mulheres que não utilizaram MNF, assim como nas que utilizaram apenas um método (p<0,05).O tempo do trabalho de parto, a dilatação na admissão, a integridade da bolsa, idade gestacional, utilização de fórceps, posição do parto, presença de acompanhante, analgesia farmacológica e profissional que prestou assistência ao parto se associaram com a quantidade de MNF (p<0.05). CONCLUSÃO:As mulheres que não utilizaram MNF apresentam maior média de idade e paridade, e chegam em trabalho de parto mais avançado ou no expulsivo. Enquanto as mulheres que são admitidas mais precocemente, com menor dilação e bolsa íntegra, as primíparas e mais jovens são expostas a dois ou mais MNF durante seu trabalho de parto. A presença do acompanhante e a assistência realizada pela equipe de Enfermagem são fatores que contribuem para utilização de maior quantidade de MNF. Esses resultados podem servir de estímulo para que os MNF sejam implantados em diferentes cenários nas maternidades brasileiras, bem como indicam quais aspectos ainda podem ser melhorados e reforçados na assistência humanizada ao parto.