Efetividade de procedimentos não farmacológicos para o alívio da dor de parturientes: contribuições para a enfermagem obstétrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nunes, Sonia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18231
Resumo: Estudo que apresentou como objeto o uso de procedimentos não farmacológicos para alívio da dor em parturientes. O objetivo geral foi conhecer a efetividade de três procedimentos não farmacológicos: o uso do gelo; o uso da água aquecida através do banho; e o uso da massagem na região lombar de gestantes, quanto à sua capacidade de produzir o alívio da dor na fase ativa do trabalho de parto. E os objetivos específicos: medir, a intensidade da dor autoreferida pelas parturientes antes, durante e após cada aplicação dos procedimentos não farmacológicos; analisar os escores numéricos referentes ao alívio da dor e descrever as avaliações das parturientes sobre os efeitos produzidos pelos procedimentos não farmacológicos. A tese é: O uso do gelo, da água aquecida através do banho de aspersão ou da massagem na região lombar de gestantes, quando empregados como procedimentos não farmacológicos na fase ativa do trabalho de parto são eficazes em produzir o alívio da dor. Ao mesmo tempo, contribui para a evolução fisiológica do trabalho de parto e parto. Baseou-se nos princípios da desmedicalização e no emprego de procedimentos não farmacológicos recomendados pela Organização Mundial de Saúde e ratificados pelo Ministério da Saúde no Brasil. Trata-se de um estudo clínico de intervenção prospectivo, não randomizado, que utilizou uma escala numérica como instrumento para medir a dor autorreferida de parturientes antes, durante e após cada aplicação de um dos procedimentos não farmacológicos. Os resultados evidenciaram que: A maioria das parturientes preferiu a aplicação da massagem na região lombar (21) e banho de aspersão (17). O uso de gelo foi realizado em 7 parturientes. Foi possível observar que a quantidade mulheres que referiram de aumento da dor não ultrapassou a quantidade de mulheres que referiram alívio, principalmente quando a dilatação está em 9cm. Pode-se observar, pela descrição dos comportamentos das parturientes, que poucas referiram medo e grande parte se disse confiante e sentindo-se bem. Algumas mulheres cochilaram e a maioria caminhou livremente. Apenas oito parturientes (17,7%) solicitaram interrupção após a aplicação da intervenção na primeira vez e a grande maioria (91,1%) referiu satisfação com o procedimento aplicado. Em relação ao bebê, em nenhum caso foi necessário realizar aspiração, reanimação com emprego de oxigênio, intubação traqueal, massagem cardíaca ou medicação para reanimação. Não foi detectado nenhum caso de bradicardia ou desaceleração dos batimentos cardíacos do feto. Após o parto, todas as parturientes foram encaminhadas ao Alojamento Conjunto com seus bebês sem necessidade de atendimentos de urgência, ou de internação em setores de atendimento a situações de risco. Confirmando a tese proposta, o estudo concluiu que os procedimentos não farmacológicos foram efetivos em produzir o alívio da dor das parturientes, e que são instrumentos facilitadores da ação fisiológica e natural do organismo feminino, no trabalho de parto.