Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Mattos, Eudes Barletta
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Orientador(a): |
Lazzarini-Cyrino, João Paulo
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Banca de defesa: |
Cerqueira, Fernanda de Oliveira,
Souza, Paulo Chagas de,
Lazzarini-Cyrino, João Paulo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38004
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Resumo: |
Medir a complexidade de uma língua é uma tarefa trabalhosa; inúmeros problemas, como o da comparabilidade (CROFT, 2003), comuns a estudos tipológicos, apresentam-se no caminho, juntamente com a questão axial de se definir complexidade – que é necessário antes de mais nada para poder mensurá-la (MIESTAMO, 2008). Ademais, estudos comparativos na linguística não raro lançam mão de um aparato terminológico proveniente da classificação holística do século XIX, subsumindo línguas inteiras em perfis isolantes, aglutinantes, fusionais, entre outros. Soma-se a estes desafios o fato de a maioria das análises balizar-se em uma unidade translinguisticamente pouco consistente, a palavra (MATTOS; LAZZARINI-CYRINO, 2020). Tendo esta problemática em vista, o presente estudo busca, utilizando o morfema como unidade de análise, inventariar os morfemas gramaticais mais frequentes de 19 línguas amostradas pelo mundo, caracterizando-os com base em critérios semânticos que evitem operar o conceito de palavra (CROFT, 2000), e quantificando-os de acordo com medidas de complexidade absoluta, isto é, não referente a sua dificuldade, mas sim ao número de partes do sistema. Para tanto, utilizamos a taxonomia de complexidade de McWhorter (2007), a noção de verbosidade de Dahl (2004) e as complexificações de Trudgill (2011), classificando morfema a morfema com base em cinco parâmetros – o primeiro dizendo respeito a se o morfema é glosado como preso ou livre, e os quatro demais propriamente referentes à complexidade: se veiculador de flexão contextual, seu grau de verbosidade, se irregular ou com elaboração estrutural, e se poliexponente. Frequências relativas para cada parâmetro foram obtidas, e os resultados, processados no software R, foram comparados. Descobrimos uma forte correlação entre maior proporção de morfologia gramatical livre e menores escores nos quatro parâmetros de complexidade, bem como a existência de línguas dramaticamente simplificadas em comparação com as demais seguindo nossa quantificação; hipotetizamos, de acordo com McWhorter (2016), que isso se dá por eventos de contato intenso em suas histórias. Além disso, percebemos similaridades no comportamento das línguas das Américas, e propomos abandonar a terminologia da classificação holística, bem como a caracterização negativa de línguas menos complexas. |