Estratégias analÃticas para avaliação do perfil mineral e estimativa da bioacessibilidade de elementos essenciais e potencialmente tóxicos em amostras de mel
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
Instituto de QuÃmica |
Programa de Pós-Graduação: |
em QuÃmica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34012 |
Resumo: | O mel é produzido por abelhas (Apis mellifera) a partir do néctar ou secreções de diferentes plantas. A composição deste alimento depende de vários fatores como, por exemplo, florada, composição do pólen, composição do solo, localização geográfica e clima. Neste trabalho foram propostas estratégias analÃticas para avaliação do perfil mineral e estimativa da bioacessibilidade de elementos essenciais e potencialmente tóxicos em amostras de mel. No desenvolvimento do método proposto de decomposição ácida do mel por bloco digestor acoplado com âdedo frioâ utilizou-se a otimização multivariada, empregando o planejamento fatorial completo 2³ e a matriz Doehlert. A condição ótima encontrada para o método de decomposição foi 1,60 mL de HNO3 (65% m m-1); 0,64 mL de H2O2 (30% m m-1) e tempo de digestão de 46 minutos, mantendo-se a temperatura constante em 150°C e a massa da amostra em 500 mg com determinação por ICP OES. A resposta de interesse foi o teor de carbono residual para ambas as etapas. O método apresentou boa precisão (CV < 10%) e exatidão através do material de referência certificado de folha de tomate (CRM Agro C1003a) e tecido ostra (CRM NIST 1566b). As faixas de concentração, em mg kg-1, dos analitos quantificados nas amostras mel foram: As (<1,62-3,25), B (<1,65-6,72), Ba (<0,03-0,25), Ca (28,4-216), Cd (<0,04-0,29), Cu (<0,07-0,29), Fe (<0,72-47,0), K (27,2-1210), Mg (2,82-96,0), Mn (0,17-4,62), Na (16,4-260), P (<15,8-128), Se (<0,09-0,45), Sr (<0,15-1,08) e Zn (<1,06-2,94). Foi observado que amostras de mel de coloração escura e âmbar tendem a apresentar maiores concentrações de Cu e Zn. A análise multivariada dos dados foi aplicada verificando-se que amostras de predominância urbana tendem a apresentar maior teor mineral que amostras de mel de predominância rural. A estimativa da bioacessibilidade foi realizada utilizando o método de extração in vitro SBET (Simple Bioaccessibility Extraction Test). As faixas de teor bioacessÃvel, em %, para os analitos foram: Ca (<0,0004-21,4), Fe (<0,00006-21,8), K (9,4-20,0), Mg (15,0-25,0) e Na (0,0004-20,2). Os teores bioacessÃveis nas amostras de mel foram menores que os descritos na literatura, devido ao método de extração simular apenas a fase gástrica, sendo que o mel foi digerido em maior proporção na fase salivar e intestinal. Os resultados obtidos neste trabalho trazem informações relevantes a respeito da composição mineral do mel de acordo com a coloração visual e origem geográfica, e do teor bioacessÃvel de analitos na fase gástrica, contribuindo, assim, com o controle da qualidade de méis. |