Estudo da evolução da qualidade das águas da Bacia do Rio Joanes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Viscard Junior, Kleber Oliveira
Orientador(a): Campos, Vânia Palmeira
Banca de defesa: Teixeira, Leonardo Sena Gomes, Queiroz, Luciano Matos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Química
Programa de Pós-Graduação: em Química
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33962
Resumo: A Bacia Hidrográfica do Rio Joanes é um importante manancial localizado na Região Metropolitana de Salvador e responsável por cerca de 40% do abastecimento de água da cidade de Salvador e região. Apesar disso, as agressões ambientais que o rio Joanes e seus afluentes vêm sofrendo, como despejo de esgoto doméstico e industrial, destruição das matas ciliares, ocupação indevida do solo, entre outras, são ações cotidianas sofridas por eles e que podem impactar de forma muito severa a qualidade de suas águas. Este trabalho buscou fazer um estudo da evolução da qualidade das águas desta bacia ao longo dos anos de 2008 a 2017, através da determinação de parâmetros físico-químicos como pH, oxigênio dissolvido, turbidez, entre outros, e análise de metais como cádmio, chumbo, cobre, cromo, níquel e zinco, determinados por ICP OES. Os dados obtidos foram utilizados para calcular índices como IQA (Índice de Qualidade de Águas), IET (Índice do Estado Trófico) e IVA (Índice de Preservação da Vida Aquática), que são utilizados para classificar corpos d’água em função da sua qualidade. De acordo com os valores dos índices calculados, há variações na classificação das águas que indicam qualidade “ótima” à “péssima” ao longo do curso do rio e de seus afluentes. Mostrou também que não houve variação significativa na qualidade das águas ao longo dos anos, porém, apresenta uma evolução negativa à medida que se considera o curso do rio da nascente à foz. Ao fazer uma abordagem comparativa entre os índices IQA e IVA, fica evidenciada a ineficiência da utilização do IQA como ferramenta de avaliação da qualidade da Bacia, tendo em vista que, em mais de 70% dos pontos amostrados, as classificações se mostraram incoerentes com a realidade apresentada no IVA, o qual utiliza parâmetros indiscutíveis em significância, como, por exemplo, a concentração de contaminantes químicos tóxicos. Além disso, em mais de 80% dos pontos amostrados, houve violação dos parâmetros regulamentados para águas doces classe 2, de acordo com a Resolução CONAMA 357/05. Desta forma, espera-se que este trabalho sirva como um documento para incentivar ações concretas por parte do governo, que visem, em tempo emergencial, reverter as emissões antrópicas maléficas que vem degradando por muito tempo a qualidade das águas da Bacia do Rio Joanes.