Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Aline César
 |
Orientador(a): |
Queiroz, Milena Brito de |
Banca de defesa: |
Queiroz, Milena Brito de,
Vieira, Nanci Rita Ferreira,
Oliveira, Sayonara Amaral de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT)
|
Departamento: |
Instituto de Letras
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37446
|
Resumo: |
Partindo da leitura crítica de obras de literatura infanto-juvenil contemporâneas publicadas no Brasil, a presente dissertação discute acerca da reprodução dos padrões de gênero na infância e suas implicações na manutenção de estruturas opressoras que prescrevem lugares demarcados para o feminino socialmente. Para tanto, recorre-se a uma genealogia da emergência do conceito de infância que permite flagrar de que modos a construção social em torno de uma feminilidade ideal orientou a fundação da literatura infantojuvenil enquanto ferramenta didático-moralizante. Nesses termos, fez-se necessário também retornar à história das mulheres, de modo a entender como as opressões de gênero, raça e classe, historicamente impostas a elas as direcionaram à necessidade de se unirem enquanto grupo e fundarem um movimento organizado de luta pela libertação feminina, cujas demandas e questionamentos orientaram o início de um processo de reflexão acerca dos impactos das representações literárias na formação das gerações de mulheres que cresceram lendo essas histórias. A partir da teoria feminista, e considerando o gênero como ferramenta teórica de análise literária, procurou-se ainda observar como a literatura infantojuvenil brasileira contemporânea tem proposto lugares de protagonismo feminino que rompem com estereótipos físicos e comportamentais comumente condicionados ao feminino. Seis obras literárias infantojuvenis de autoria feminina, publicadas no Brasil, foram escolhidas para compor o corpus dessa pesquisa, sendo elas: A pior princesa do mundo (Anna Kemp, editora Paz e Terra), Por que só as princesas se dão bem? (Thalita Rebouças, editora Rocco), os dois volumes de Histórias de ninar para garotas rebeldes (Elena Favilli e Francesca Cavallo, Vergara & Ribas editoras), Meu crespo é de rainha (bell hooks, editora Boitatá) e Rainhas(Ladjane Alves Souza, editora EDUFBA). Ao analisá-las enquanto representativas de um segmento literário e editorial contemporâneo, buscou-se fortalecer o debate acerca da importância da literatura infantojuvenil para a construção do imaginário, e de uma educação feminista e antirracista para a formação de uma consciência crítica desde a infância. |