De charadas e adivinhas: o continuum do contar em Angela Lago

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Cordioli, Rosemarie Giudilli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19052002-190026/
Resumo: Estabelecemos como objetivo de nossa pesquisa: o descortinar do olhar para obras de Literatura Infanto-Juvenil, viabilizado por meio do entrelaçamento de aspectos referentes ao imaginário medieval ao fazer literário de Angela Lago. Destacamos em Charadas Macabras, a presença do elemento capeta como veiculador de informação e ou transformação através do uso da palavra. Em Sua Alteza A Divinha, o resgate da oralidade, enfocada sob a luz da teoria bakhtiniana, concedeu a ampliação de recursos como a comicidade, a ludicidade, a brincadeira, encapsulada na obra através do jogo, do desafio oral englobados na esfera da antítese social - o popular contrapondo-se à aristocracia, o forte contra o fraco - o elemento feminino em oposição ao masculino, fatores que concorreram para o dimensionar da análise. Caminhar nas trilhas da cultura oral possibilitou, ainda, a descoberta do riso espontâneo pelos veios da improvisação, pelo evidenciar da praça pública com suas práticas, identificadas em 10 Adivinhas Picantes, além de contribuir para o despertar da literatura paródica, presente em Indo Não Sei Aonde Buscar Não Sei O Quê. A busca de releituras do conto da princesa \"expert\" em adivinhações, compiladas por pesquisadores como Adolpho Coelho e Câmara Cascudo consolidaram, sobremaneira, o propósito inicial de pesquisa - a comprovação, nos contos de Angela Lago, da influência da cultura medieval que chega, através de Portugal e Brasil. Na conclusão, retomamos os elementos pertinentes à cada obra permeados ao âmbito do leitor, e palmilhados, particularmente, ao universo da criança - quintal da casa do faz-de-conta, lugar onde a magia, a alegria e o sonho, são.