O que dizem os formadores? Representações sobre o ensino de língua inglesa em escolas públicas baianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Flávia Cristina Martins de lattes
Orientador(a): Silva, Antônio Messias Nogueira da
Banca de defesa: Silva, Antônio Messias Nogueira da, Araújo, Marcus de Souza, Raulino Batista, Figueiredo Neto, Ramos, Fabiano Silvestre, Fernanda Mota, Pereira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35774
Resumo: A presente pesquisa objetiva desvelar as representações sociais dos formadores de professores sobre o ensino de língua inglesa em escolas públicas baianas. O inglês tem a representação de disciplina menor na educação brasileira (LIMA, 2011, 2013; QUEVEDO-CAMARGO; SILVA, 2017), mesmo tendo o status de língua internacional ou franca (JENKINS, 2007; SIQUEIRA, 2011b; SEIDLHOFER, 2011), e ser um dos motores para a Internet e para a globalização (KUMARAVADIVELU, 2006). Justifica-se este trabalho pela relevância que a parte prática do curso de Letras em Língua Inglesa possui no momento de formação do graduando. Conhecer as representações dos formadores que lecionam as disciplinas de Estágio Supervisionado, pode sinalizar como os graduandos são preparados para o desafio de lecionar na escola pública. O objetivo geral da pesquisa é investigar quais são as representações sociais dos formadores sobre o ensino de língua inglesa em escolas públicas baianas. Os objetivos específicos são: a) descobrir que estratégias os formadores utilizam para preparar os graduandos para o ensino de inglês no contexto público; b) investigar as representações que os formadores constroem sobre os graduandos de língua inglesa no curso de Letras; c) compreender como as representações sociais dos formadores contribuem para a formação dos graduandos do curso de Letras; d) compreender e analisar de que maneira as representações sociais sobre o ensino de língua inglesa no segmento público orientam a atuação dos formadores e, e) analisar como funcionam as parcerias entre as escolas públicas e as universidades em que os formadores atuam e que características apresentam. O aporte teórico da pesquisa está delineado com base nas representações sociais (ABRIC, 1994; MOSCOVICI, 1981, 2011; JODELET, 2001; ORNELLAS, 2011b). Já a análise de dados tem o apoio da análise do discurso crítica, pautandose nos construtos ideológicos que circunscrevem a materialidade da língua (FAIRCLOUGH, 2001; BAKTHIN, 2006; DIJK, 2017). A metodologia utiliza abordagem qualitativa e é de cunho etnográfico. Além disso, a pesquisa narrativa (LABOV, 1997; BRUNER, 2002; TELLES, 2002, 2004; ARAGÃO, 2005, 2007, 2008; PAIVA, 2008; LIMA, 2010; CLANDININ; CONNELLY, 2015) também delineia a construção dos instrumentos e a geração de dados. A pesquisa contou com a colaboração de seis respondentes de universidades baianas. Para sua realização foram gerados quatro instrumentos, a saber: narrativas escritas, entrevistas orais com questionários semiestruturados, notas de campo e os documentos que organizam as disciplinas práticas do curso de Letras em Língua Inglesa, isto é, projeto pedagógico e regimentos. A análise dos dados foi feita de acordo com cada instrumento e depois uma triangulação foi realizada para validação dos dados encontrados. Os resultados apontam que as representações sociais dos formadores se ancoram no discurso de experiências e de desafios do cotidiano profissional. Ademais, faz parte da prática pedagógica destes formadores o ensino pautado pela pedagogia crítica, significativo e articulado com a prática social, a desconstrução da língua inglesa hegemônica e o desenvolvimento da competência crítico-reflexiva dos graduandos. Este grupo de formadores mostrou-se engajado com uma educação libertária e democrática na formação dos futuros professores para o ensino de inglês em escolas públicas baianas.