A INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO EM TEXTOS BAIANOS DOS SÉCULOS XIX E XX: UM ESTUDO SOCIOFUNCIONALISTA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dias, Valter de Carvalho Dias
Orientador(a): Souza, Emília Helena Portella Monteiro de
Banca de defesa: Lopes, Norma da Silva, Carvalho, Cristina dos Santos, Barreto, Terezinha Maria Mello, Mota, Jacyra Andrade
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26677
Resumo: A presente pesquisa investigou as principais estratégias para marcar a indeterminação do sujeito em textos escritos na Bahia (Cartas de Leitores, Cartas de Redatores e Peças Teatrais), nos séculos XIX e XX. Buscaram-se não só as formas consideradas canônicas pelas gramáticas normativas, tais como as formas verbais sem sujeito lexical expresso como o verbo na 3ª pessoa do plural (Ø+V3PP), o verbo na 3ª pessoa mais o pronome “se” (Ø+V+SE) ou ainda o verbo no infinitivo impessoal (Ø+VINF); mas também outras estratégias como o uso de “você”, “a gente”, “nós”, “eles”, voz passiva sem agente (VPSA), o verbo na terceira pessoa do singular sem sujeito lexicalmente expresso (Ø+V3PS) e sintagmas nominais como, por exemplo, “o sujeito”, “o indivíduo” e “um homem”. O trabalho foi desenvolvido à luz do Sociofuncionalismo, no qual se tem o enquadramento teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista e a compreensão dos usos linguísticos na perspectiva do Funcionalismo. Identificaram-se os contextos extralinguísticos (período de publicação das cartas/peças teatrais e o gênero textual), linguísticos (flexão do verbo, tipo de oração, transitividade verbal, preenchimento do sujeito, estrutura do núcleo do predicado, concordância com o argumento interno do verbo, posição do argumento interno do verbo, e a ausência versus presença de preposição antes do verbo no infinitivo mais o emprego do “se”) e funcionais (função da indeterminação e o grau de indeterminação). Os dados, após sua coleta, foram submetidos à quantificação através do programa estatístico-probabilístico GoldVarb X. Os resultados mostraram que os textos baianos, publicados entre nos séculos XIX e XX, registram maior uso da forma canônica Ø+V+SE e inovam ao considerar a estratégia pronominal “nós”, como a segunda mais usada. Além disso, analisar as variáveis funcionais que tratam da função e do grau de indeterminação é imprescindível para melhor compreender a indeterminação do sujeito nesse período