Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
LEAL, EDMARIO SILVA
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Orientador(a): |
SOUZA, ANA LUCIA SILVA |
Banca de defesa: |
SOUZA, ANA LUCIA SILVA,
OLIVEIRA, DANIELE DE,
SOUZA, ARIVALDO SACRAMENTO DE |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37545
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Resumo: |
A pesquisa de mestrado desenvolvida junto ao Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS – da Universidade Federal da Bahia – UFBA comporta um projeto de intervenção que ao buscar inovar as aulas para o ensino de Língua Portuguesa desenvolveu um projeto de letramento cuja centralidade partiu da musicalidade negra, a priori, o pagode baiano, para compreendê-lo como estratégia de ensino as linguagens das periferias. O projeto foi desenvolvido em uma turma do Ciclo IV (9º Ano) do Ensino Fundamental numa escola situada em Camaçari-BA. O foco da intervenção indagou sobre a construção dos sentidos atribuídos às expressões linguísticas dos estudantes que possam dialogar com as letras do pagode bem como a importância e os efeitos na vida dos jovens estudantes para a constituição identitária. O projeto de letramento movimentou discussões em torno de questões de raça, gênero e representações do espaço social da periferia em estruturas de oficinas temáticas. No processo a interação entre os co-participantes motivou buscar compreender o que estava por trás da afirmação de alguns estudantes quando se autodenominam “Eu sou favela” e foi em torno dela que uma série de outros verbetes foram registrados o que acabou por gerar a elaboração de um “dicionário da periferia” , com o intuito de trazer os sentidos dados dos termos selecionados pelos estudantes quando aproximados de suas vidas cotidianas e muitas vezes confrontados com sentidos que geralmente circulam em sociedade. A base conceitual está ancorada nos aportes teóricos nos estudos sobre Letramentos em Kleiman (2005), Souza (2011), Rojo (2012), Letramentos de Reexistência Souza (2011), Multiletramentos Rojo (2012), Identidade e cultura Hall (2004) e (2013), gênero e relações raciais em Lopes (2011), Pinho (2004), Sodré (1998), Hooks (2013), pagode baiano Lima (2016), Nascimento (2012), Mattos (2013), periferia Carril (2006), Franco (2014), educação como prática de liberdade Freire (1989), Hooks (2013), e gênero discursivo Marcuschi (2008). A pesquisa está ancorada nos pressupostos da metodologia qualitativa em Lüdke e André (1986) e também está sustentada em elementos de cunho etnográfico André (2005). Os resultados apresentados vão além de ressignificar o pagode baiano como uma possibilidade de ler o mundo a partir da produção artística das periferias, pois a sequência temática das oficinas privilegiaram os multiletramentos e a expressividade das palavras que também estão em circulação na escola, para onde os próprios alunos trazem no seu próprio corpo identidades de suas histórias de vida |