Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
BitencourtI, Kueyla de Andrade |
Orientador(a): |
Sá, Maria Roseli Gomes Brito de |
Banca de defesa: |
Santos, João Diogenes Ferreira dos,
Sampaio, Sonia Maria Rocha,
Pimentel, Álamo,
Sá, Maria Roseli Gomes Brito de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30359
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Resumo: |
Esta dissertação analisa os processos de subjetivação dos alunos em situação de risco na escola a partir dos discursos criados sobre a infância de risco. O estudo destaca aspectos do projeto do sujeito educacional moderno que pretendeu alcançar modelos civilizatórios a partir da negação da rusticidade e do primitivismo e conferiu à escola a responsabilidade de emancipar a humanidade, combatendo a ignorância. Um dos aspectos discutidos em relação ao projeto dessa escola no Brasil é o questionamento quanto ao grande número de crianças e adolescentes na rua, de forma que foram sendo pensados projetos e leis para comportá-los em instituições que, de certa forma, naturalizavam a presença da criança fora da escola. A proposta deste trabalho é apresentar uma análise sobre os modos de subjetivação dos alunos em situação de risco em uma escola pública municipal de Vitória da Conquista, Bahia, mediante as relações entre os diversos atores no cotidiano da cena escolar. Esta é uma pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, em que foram pesquisados alunos e professores, a partir de observações e entrevistas realizadas durante o ano de 2008. Os alunos em situação de risco são reconhecidos como tal, a partir dos significados que lhes são atribuídos pelos diversos atores sociais escolares, de forma que estes significados, à medida que são compartilhados, vão adquirindo “materialidade discursiva real”. Os discursos construídos para designar esses alunos fazem parte de saberes/poderes que identificam sujeitos, que emolduram modos de ser e definem o que é problemático e está fora da norma. Foram analisadas as práticas micropolíticas, rituais, fissuras, aspectos da cultura escolar que tornam possível compreender a forma como os alunos em risco se percebem e são percebidos na escola; como a instituição considera esses alunos; como eles são enquadrados nessa categoria e como desnaturalizar isso através da compreensão dos processos de subjetivação dos mesmos nos seus interstícios. Foram mapeados as estratégias de governamentalidade, os mecanismos de disciplinarização que enquadram os alunos e posicionam alguns destes, os não-governáveis, em uma situação excludente, considerada “de risco” e as linhas de fugas, os processos criativos que são por eles inventados para continuarem na escola e experimentarem os limites entre esta e a rua. |