Nossa Améfrica Ladina: O pensamento (decolonial) de Lélia Gonzalez

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fonseca, Fernanda Cardoso
Orientador(a): Lage, Victor Coutinho
Banca de defesa: Fernández Y Garcia, Marta Regina, Pires, Thula Rafaela de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33728
Resumo: A presente dissertação, de natureza teórico-metodológica, tem como objetivo propor uma leitura decolonial do pensamento de Lélia Gonzalez. Para isso, será feita um estudo da abordagem teórica decolonial do Grupo Modernidade/Colonialidade/Decolonialidade (M/C/D) e da obra de Lélia. Através de revisão bibliográfica conecto conceitos caros ao pensamento decolonial, em especial a colonialidade do poder, entendida através dos seus cinco níveis de controle; a modernidade/colonialidade, e a (trans)modernidade. Escolho trabalhar com o Grupo M/C/D por ser um conjunto de obras e autores constantemente revisitados dentro do campo das Relações Internacionais. Também abordarei as categoriaschave no entendimento do pensamento de Lélia Gonzalez: a “mulher negra” enquanto categoria de análise; pretuguês; feminismo afro-latino-americano e amefricadidade, O intuito de tal leitura decolonial dos escritos de Lélia Gonzalez, é trazer à tona pontos de convergência em seu pensamento que nos ajudam a (re)pensar ideias e debates importantes dos estudos decoloniais e, consequentemente, das Relações Internacionais. A leitura conjunta de ambos os pensamentos revela como os escritos de Lélia Gonzalez explicitam a colonialidade, complexificam a decolonialidade e tencionam a modernidade. O pensamento da autora possui potencialidade epistêmica e ontológica por trazer a perspectiva amefricana e ameríndia em sua práxis de articulação das opressões, e também da (re)existência e (re)significação. Portanto, o presente trabalho visa contribuir ao debate decolonial inserindo a perspectiva de autoras brasileiras e seus projetos de libertação, através de categorias que juntas, trazem uma leitura de transformação do mundo.