Ai ai ai... será que meu boi morreu? O pensamento abissal presente na dança brasileira e suas implicações a partir de um pedaço de terra denominado Teresina/Piauí.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lira, Andréia Barreto
Orientador(a): Moura, Gilsamara
Banca de defesa: Machado, Adriana Bittencourt, Bonfim, Carlos Alberto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Gradução em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25673
Resumo: Esta pesquisa emerge de inquietações no campo da produção da dança contemporânea brasileira que implicam reexaminar a epistemologia dominante, diante de novos olhares ancorados nas experiências emergentes do Sul. Apresentase, como problema, a visibilidade de algumas produções e discursos que se configuram hegemonicamente na dança contemporânea produzida no Brasil, promovendo a invisibilidade de outros saberes e fazeres em dança. Serão analisadas, como questão crucial, algumas produções de conhecimento e discursos de dança, a partir das experiências de alguns artistas piauienses que se encontram inseridos neste contexto, permeado por saberes hegemônicos e que terminam causando o surgimento de linhas abissais. Vale destacar a importância em identificar dispositivos que se mantêm como sustentáculos de pensamentos hegemônicos e que promovem a invisibilidade de conhecimentos que se encontram forjados pela visibilidade. Também será discutida a importância de conhecer e dar visibilidade à diversidade de conhecimento de alguns discursos e conhecimentos danças populares que, sistematicamente, são associados a um contexto exótico e que não são contemplados, nem nos circuitos da dança contemporânea, nem com programas específicos. Tal conceito se fundamenta nas ideias de Santos (2007), que analisa as linhas abissais e que sugere pensar em epistemologias do Sul em contraponto aos saberes eurocêntricos, com vistas a refletirmos sobre a importância de investigar as experiências desperdiçadas, construindo novas posturas e modos de refletir a produção de conhecimento em dança contemporânea. E será diante da ecologia de saberes e de seus discursos de possibilidades, que transitaremos pelas epistemologias do Sul na construção argumentativa dessa dissertação. Estarão conosco também, Agamben (2009), com o conceito de contemporâneo, Bittencourt (2012), que aborda o acontecimento, auxiliando o nosso diálogo em trânsito e Moura (2000) que, nesta pesquisa, contribuiu com a construção e a discussão sobre os modos de pensar dança e sua atuação política e artística no mundo.