Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Marlyson de Figueiredo |
Orientador(a): |
Rangel, Lenira Peral |
Banca de defesa: |
Schaffner, Carmen,
Neto, Antrifo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
ESCOLA DE DANÇA
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DANÇA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33559
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Resumo: |
A proposta de realizar uma crítica-analítica acerca da ação do patriarcado nas danças de salão é, obviamente, um enfoque específico neste grande campo chamado de “danças de salão”. Assim, esta pesquisa objetiva narrar, descrever e dissertar sobre ações e/ou atitudes machistas, direcionadas preponderantemente contra mulheres, nos ambientes das danças de salão, que emergem do pensamento patriarcal (LERNER, 2019). O termo “mulheres” reconhece a gama infinita de diferenças de fenótipos e de privilégios entre as mulheres. Todavia, no foco deste trabalho, considera-se que todas as mulheres, muito embora em graus e dores diferentes, sofrem subalternidade em relação ao patriarcado. Para tanto, esta abordagem traz assuntos como os privilégios herdados pelo machismo patriarcal, intentando desvelar aspectos discriminatórios, violentos e impositivos. Sabidamente o patriarcado é uma ação estrutural social e a dança não está apartada da sociedade, ao contrário, dela faz parte, reciprocamente age e é agenciada por esta mesma sociedade. Modos socioculturais estruturantes como binaridade de gênero (BENTO, 2015), masculinidade tóxica (AMBRA, 2019) e postulações de religiões judaico-cristãs (THEODORO, 2020) são fundamentos sócio-históricos que não se esgotaram e, portanto, agem sistematicamente na educação, nas artes, nas culturas e nas danças, ainda que de modos diversos. Esta ação estrutural se manifesta em metáforas dicotômicas (FEITOZA, 2011) usadas em aulas e nos bailes, tais como cavalheiro x dama, forte x fraca, racional x emocional, condutor x conduzida, que legitimam e mantêm relações de poder da figura masculina. Revisões bibliográficas, entrevistas com alunos e vivências em sala de aula são processos de investigações referenciados em metodologias que abordam o ensino como regulação/emancipação (SANTOS, 2010). Tais metodologias, por sua vez, se amparam em pedagogias (D’ÁVILA e FERREIRA, 2018) que intentam, a partir desta crítica-analítica focada no que é ainda cruel, desigual e dominante, apontar outras maneiras de ensinar e de dançar. A complacência bem assentada em relação à ação patriarcal deve ser veementemente rechaçada para que se possa afirmar uma dança de salão pós-abissal (SANTOS, 2018), que contribua para uma inserção engajada na transformação desse quadro social, pedagógico e artístico. Espera-se que uma dança pós-abissal possa romper a linha abissal e que a mesma abra novas perspectivas para uma dança antipatriarcal. |